Sepaq implanta biotecnologia na produção de ostras no Estado

Ostras triploides são resistentes a temperaturas mas quentes no mar e permitem maior qualidade e quantidade de produção

27/06/2012 07:34

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Redação

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Para se diferenciar de outros países do mundo e manter uma qualidade de produção, a Secretaria de Estado da Pesca e Aqüicultura (Sepaq/AL) começou a implantar em Alagoas uma nova biotecnologia na produção de ostras, a ostra triplóide que é resistente a temperaturas mais quentes nos mares.

Na mariscultura, o objetivo da implantação da ostra triploide é proporcionar a adaptação para condições de produção no Brasil e assim conciliar taxa de sobrevivência, qualidade de carne e taxa de crescimento diferenciada do mundo inteiro.

De acordo com os especialistas, a água rica em nutrientes e com temperaturas que ficam entre 18º e 22º são consideradas a ideais para o crescimento do molusco. Essas características permitem um ciclo curto de produção de seis a sete meses para estar prontas para o consumo, enquanto a produção de ostras em outras partes do mundo, como China, França e Chile, precisa de quatro anos.

O problema é a chegada do verão, quando a temperatura da água sobe atingindo 30º. Segundo especialistas, o aumento da temperatura na água do mar faz com que as ostras entrem em processo reprodutivo, fazendo com que elas percam energia e emagreçam. Nesse período a estimativa de sobrevivência da espécie é de apenas 40%.

A chamada mortalidade de verão é a grande inimiga dos produtores, que perdem seis de cada dez ostras cultivadas. A solução do problema passa pela biotecnologia.

A tecnologia permite que a ostra fique mais resistente à águas quentes e dessa forma, a mortalidade, cai para menos de 5% e, além disso, a ostra passa a produzir mais carne e sem o risco de se reproduzir e se tornar uma espécie invasora.

 *Com G1 e Sepaq

Primeira Edição © 2011