Unidade Neonatal da maternidade do HUPAA implanta efetivamente o Método Canguru

24/06/2012 06:57

A- A+

HU.AL

compartilhar:

A Unidade Neonatal da Maternidade Professor Mariano Teixeira conta a partir de agora com um novo serviço em benefício aos bebês e mães atendidos no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). Após a capacitação técnica da equipe multiprofissional que compõe a UTI e UCI Neonatal, o Método Canguru foi efetivado e, ao contrário do que foi planejado inicialmente, que previa apenas a realização da primeira etapa, a unidade fará o atendimento de forma completa, com a assistência necessária para reduzir as complicações que põem em risco a vida dos recém-nascidos prematuros.

De acordo com o que preconiza o Ministério da Saúde, o Método Canguru é desenvolvido em três etapas, sendo necessário um espaço físico voltado para realizar este procedimento. Instituída a primeira etapa, onde o atendimento ao bebê e sua família é feito de forma individualizada, e é iniciado o contato pele a pele entre a mãe e o recém-nascido, o HUPAA passa agora a realizar as demais etapas do método: a segunda, quando o bebê passa a ficar alojado em um leito junto da mãe, e a terceira, que é iniciada a partir da alta hospitalar da criança, que continuará recebendo assistência clínica.

Para efetivar o Canguru, o HUPAA reservou três leitos na UCI Neonatal e o setor de Hotelaria providenciou a produção de cinco Kits, que são utilizados no método para dar mais comodidade e segurança ao prematuro e simula um “ninho”, permitindo assim que a criança fique deitada em um declive de 30 a 40 graus por meio de uma almofada e rolos que o envolvem. Para a mãe, a almofada em formato de rolo possibilita um apoio no momento da amamentação e descanso para as costas.

Segundo explica a neonatologista Ana Maria Melo, a implantação do método no HUPAA, que estava prevista para até o final do ano, foi agilizada por conta do engajamento da equipe multiprofissional da UTI e UCI Neonatal.

Após participarem da capacitação técnica facilitada por tutores do hospital e da Maternidade Escola Santa Mônica, os profissionais se sensibilizaram e incentivaram a implantação do método devido à importância do procedimento no processo de recuperação da saúde e na melhoria da qualidade de vida do recém-nascido. A médica acrescenta que, além da motivação da equipe, a unidade contou com total apoio da Direção Geral.

Pelo fato do número de leitos voltados para o método ser restrito, os bebês e mães que serão atendidos por meio do Canguru deverão ser escolhidos de acordo com as condições clínicas do prematuro. De acordo com a psicóloga Karoline Hélcias, já foi iniciado um trabalho de orientação e conscientização das mães sobre a importância do método. “Estamos desenvolvendo ação para orientar estas pacientes para que, no caso de ser incluída neste procedimento, haja aceitação”, diz Hélcias.

Para os profissionais, a implantação do Canguru na UCI é um serviço que chega ao HUPAA para somar aos esforços e dedicação da equipe médica e de enfermagem, permitindo assim que os recém-nascidos prematuros tenham no Serviço Único de Saúde (SUS) um atendimento humanizado e que favoreça a reabilitação clínica em menor tempo.

Primeira Edição © 2011