Cachoeira passará por avaliação psiquiátrica, diz advogada

22/06/2012 15:04

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G1

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A advogada Dora Cavalcanti, que defende o bicheiro Carlinhos Cachoeira, afirmou nesta sexta-feira (22) que seu cliente passará por avaliação psiquiátrica após a briga com um agente penitenciário da Penitenciária da Papuda, em Brasília, na quinta (21).

"Ele não passou bem. O psiquiatra vai avaliar o que aconteceu. A briga foi por conta de um canal de televisão, uma questão irrelevante. A questão é que ele não estaria bem do ponto de vista psicológico, como uma descompensação", afirmou ao G1.

Perguntada se seu cliente estaria passando por um estresse, ela respondeu: "Ele não estava bem, foi mais do que um estresse."

Na noite desta quinta (21), Cachoeira foi levado à Superintendência da Polícia Federal em Brasília para prestar esclarecimentos sobre suposto desacato a um servidor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) na Papuda, onde ele está preso desde 29 de fevereiro. Mais cedo, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) havia negado pedido de liberdade a Cachoeira. Estavam presentes à sessão a noiva de Cachoeira, Andressa Mendonça, e outros familiares, como o pai Sebastião Ramos, o Tião Cachoeira, e um dos irmãos.

Segundo a PF, o desentendimento com o servidor ocorreu por volta das 13h de quinta, logo após o almoço na penitenciária. A PF não informou como se deu o desacato nem as circunstâncias. De acordo com a Polícia Federal, Cachoeira foi levado para a superintendência do órgão por volta das 19h30 e prestado esclarecimentos por cerca de uma hora.

O Código Penal define o desacato a servidor público no exercício da função como crime punível por detenção de seis meses a dois anos ou multa. Para virar processo, no entanto, o servidor que fez a representação na PF deve acionar a Justiça.

Cachoeira está preso desde a deflagração da operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Ele foi acusado de comandar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal com a ajuda de agentes públicos e privados.

Em abril, a Polícia Civil deflagrou a Operação Saint-Michel, que investigou a atuação do grupo no DF e na qual foi expedido um mandado de prisão contra Cachoeira, mesmo com ele já preso pela Monte Carlo.

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