Justiça marca depoimento de Cachoeira para o dia 24 de julho

Juiz Alderico Rocha Santos, da 5ª Vara Federal em Goiás, que assumiu a ação penal na última terça-feira, marcou a data; ele ficou responsável pelo caso após renúncia de 2 juízes

21/06/2012 05:56

A- A+

iG

compartilhar:

O depoimento do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, na Justiça Federal em Goiás, foi marcado para o dia 24 de julho, às 9h. A data foi marcada pelo juiz Alderico Rocha Santos, da 5ª Vara Federal em Goiás, que assumiu a ação penal na última terça-feira (19). Ele ficou responsável pelo processo depois que dois juízes da 11ª Vara Federal, onde está o caso, renunciaram.

No final de maio, uma liminar do desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), suspendeu a oitiva do empresário e de outros réus do processo.

Tourinho suspendeu os depoimentos alegando que faltavam algumas diligências no processo em relação a dados telefônicos. Ele também determinava que Cachoeira tinha direito a pelo menos quatro horas de conversa reservada com seus advogados no Presídio da Papuda, em Brasília, onde está detido.

Segundo a Procuradoria Regional da República da Primeira Região, não houve recurso contra a liminar de Tourinho. No entanto, o órgão informa que a decisão que impedia as audiências pode cair automaticamente se as exigências determinadas pelo juiz forem cumpridas.

Nesta quarta-feira, Tourinho Neto concedeu habeas corpus para Gleyb Ferreira da Cruz, apontado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), como auxiliar de Cachoeira. A expedição do alvará de soltura atende ao pedido da defesa de Gleyb para que fosse estendida a liminar concedida a José Olimpio de Queiroga Neto, o “Careca”, na última semana.

Entretanto, Gley vai continuar preso. De acordo com a decisão do desembargador, ele só poderia deixar a cadeia se não tivesse nenhum outro mandado de prisão contra ele. O auxiliar de Cachoeira tem contra si um mandado ainda válido da Operação Saint-Michel, comandada pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF), segundo confirmou a assessoria do órgão.

Além de ter concedido habeas corpus a Queiroga Neto na última semana, o desembargador já havia adotado o mesmo procedimento em relação ao próprio Carlinhos Cachoeira . Mas o contraventor continua preso na Penitenciária da Papuda porque uma juíza da 5ª Vara da Justiça Estadual de Goiás indeferiu pedido da defesa de revogação da prisão do contraventor referente justamente à Operação Saint-Michel. Essa é uma das restrições relacionadas a outros processos a que responde o bicheiro - e que impediram sua soltura neste momento.

Também na semana passada, o mesmo Tourinho Neto considerou ilegais as interceptações telefônicas da Operação Monte Carlo , que desmontou o grupo do contraventor. O resultado imediato desse voto do relator poderia ter levado à imediata libertação do bicheiro, o que só não aconteceu porque um dos ministros pediu vista do processo. Dias depois, o julgamento sobre as provas foi retomado, e o TRF-1 decidiu, por 2 votos a 1, que as provas obtidas pela PF, ao contrário do entendimento de Tourinho Neto, foram legais.

Primeira Edição © 2011