Pesquisa de boca de urna mostra disputa apertada na eleição grega

17/06/2012 13:14

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G1

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O partido conservador grego Nova Democracia apareceu quase empatado com o partido esquerdista radical Syriza neste domingo (17), em uma eleição que poderá decidir se o país fica ou não na zona do euro, indicou uma pesquisa de boca de urna conjunta de cinco institutos


A pesquisa apontou que o Nova Democracia teria entre 27,5% a 30,5% dos votos, enquanto o Syriza estava pouco atrás, com 27% a 30%, de acordo com as agências de notícias Reuters e AFP. Eles eram seguidos pelos Socialistas Pasok, que tinham entre 10% e 12% dos votos.

O Syriza prometeu romper com os termos do pacote de resgate financeiro da União Europeia (UE) e do Fundo Monetario Internacional (FMI) para evitar a bancarrota da Grécia, o que potencialmente levaria o país para fora da Eurozona. A Nova Democracia apoia o plano amplamente.

Todos os olhos da Europa e da comunidade internacional se voltam para o país.

O resultado das urnas deve ser imediatamente discutido na cúpula do G20 que ocorre segunda e terça-feira (19) em Los Cabos, no sudoeste do México, reunindo os líderes de países ricos e emergentes.

Ao longo dos últimos dias, dirigentes europeus e o presidente dos EUA, Barack Obama, "advertiram" aos cerca de nove milhões de eleitores gregos sobre as consequências da votação para seu próprio país e para a Eurozona.
Estar ou não estar na Eurozona? Esta é a questão", afirmou o primeiro-ministro interino grego, Lucas Papademos, resumindo o dilema.

A eleição ocorre depois que a votação de 6 de maio não conseguiu formar um governo, após dez dias de negociações emperradas e que elevaram a tensão nos mercados financeiros internacionais.

Os partidos tradicionais, Nova Democracia (centro-direita) e Pasok (socialista) não conseguiram atrair a Syriza (coalizão de extrema-esquerda), que surpreendeu nas urnas, para uma coalizão. A extrema-esquerda é contrária aos pacotes de ajuda oferecidos à Grécia pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) e pela União Europeia.

O impasse levou o presidente Karolos Papoulias a convocar novas eleições, como previsto na Constituição.

Nos últimos dias, pesquisas não autorizadas concediam uma vantagem mínima a Antonis Samaras, de 61 anos, líder conservador do Nova Democracia, sobre Alexis Tsipras, de 37 anos, chefe do Syriza, segundo um especialista.

Primeira Edição © 2011