Preço do carro desaba: queda de 2,6% é a maior desde a crise de 2008 31 Joel Leite

15/06/2012 11:06

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Desde a crise de 2008 que o Preço de Verdade do carro zero, isto é, o preço realmente praticado no mercado, não tinha uma queda tão violenta num período tão curto como a registrada em maio, conforme o estudo AutoInforme/Molicar, que há nove anos acompanha o comportamento dos preços de todos os veículos automotores vendidos no mercado brasileiro.

Em apenas um mês os preços caíram 2,6%, o que revela a eficácia da ação do governo em relação o setor, que reduziu o IPI para veículos automotores em meados do mês passado com o objetivo de baixar os preços e a aquecer as vendas.

Como veremos, os preços tiveram quedas importantes, enquanto o aquecimento das vendas começou a ocorrer este mês: na primeira semana de junho as vendas passam de 15 mil unidades por dia (veja matéria).

Durante todo o ano passado na variação dos preços dos carros zero foi de + 0,14% e a variação máxima mensal (para baixo ou para cima) foi de + 0,74% (veja gráfico).

Das 47 marcas oferecidas no mercado interno, 22 apresentaram queda de preço em maio, 15 se mantiveram estáveis e 10 tiveram os preços majorados, em sua maioria marcas de luxo ou com pequeno volume de vendas.

Seis marcas, todas com grande participação nas vendas, apresentaram queda de preço acima da média: três das quatro tradicionais: Volkswagen, Fiat e Ford, mais Citroën, JAC e Renault. Os carros da GM também tiveram queda de preço importante: – 2,1%. Juntas, essas sete marcas representam quase 80% do mercado.

Os preços da JAC foram os que mais caíram, 6% na média. Em seguida veio a Renault, com variação de 5,92%, Volkswagen com 5,82% e Fiat com 5,76%. Os carros da Citroën tiveram queda média de 3,73% e os da Ford 3,55%.

Nissan (-3,21%), Honda (-2,14%) e Hyundai (-2,03%) – além da GM – também tiveram quedas importantes de preços, assim como Kia (-1,86%), Peugeot (-1,52%), Chery (-1,42%) e Toyota (-0,82%).

Observe, na tabela completa, que as marcas que não tiveram queda de preço em maio e as que tiveram aumentos são operações com presença muito pequena – em alguns casos desprezíveis – nas vendas totais.

Primeira Edição © 2011