Temóteo Correia volta a atacar imprensa e pede impeachment para jornalistas

Deputado usa tribuna da Assembleia Legislativa para desabafar sobre a suposta perseguição que sofre por parte dos jornalistas

13/06/2012 13:59

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Thayanne Magalhães

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O deputado estadual Temóteo Correia (DEM), usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), durante a sessão ordinária desta quarta-feira (13), para reafirmar a sua antipatia pela imprensa alagoana. Em sua fala, o parlamentar relembrou a vinda do programa CQC, onde ele foi destaque por confirmar ao repórter Ronald Rios que comprava votos para conseguir se eleger. (Lembre aqui)

Correia se referiu ao repórter da Rede Bandeirantes como “Bezerrão”, e voltou a se dizer injustiçado com o que foi mostrado na reportagem.

Sobre a imprensa alagoana, o deputado afirma que não existem jornalistas honestos e que todos os profissionais da comunicação destorcem os fatos para beneficiar alguns e prejudicar outros. “Eu não gosto de vocês e vocês não gostam de mim”, enfatizou o parlamentar.

Temóteo Correia, como em outras vezes, usou como exemplo as falas de Fernando Collor (PRN), quando o senador afirmou que os jornalistas são analfabetos funcionais e deveriam sofrer impeachment.

A deputada Patrícia Sampaio (PT), discordou do colega e defendeu os profissionais da imprensa. “Em todos os seguimentos existem os que fazem seu trabalho de forma correta e os que não”, opinou a parlamentar.

Sampaio citou seu pai, João Sampaio, fundador da TV Alagoas, como sendo um dos profissionais da comunicação que honraram o jornalismo. “Não podemos generalizar. Temos homens sérios, bravos, lutadores e trabalhadores que honram o nome de jornalistas de verdade. A imprensa precisa ser livre, incentivada para dizer o que é certo e o que é errado. Eu não concordo com as palavras de Temóteo Correia”, concluiu.

Temóteo respondeu insinuando que Patrícia Sampaio estaria tendo uma atitude corporativa, por fazer parte do ramo da comunicação. “Vossa excelência não sabe cinco por cento do que fizeram comigo, de injustiça e calúnia. O jornalismo de Alagoas é fraco e subserviente. Muito injusto”.
 

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