Os cinco vereadores de Rio Largo e mais três pessoas presas desde o dia 17 de maio, por ordem judicial sob a acusação de participar de um esquema fraudulento de venda de um terreno na cidade, serão colocados em liberdade na manhã de hoje (13), após os juízes da 17ª Vara Criminal da Capital revogarem prisão preventiva deles. Agora, eles vão brigar na justiça para reassumir os cargos na Câmara de Vereadores.

A decisão beneficia os cinco vereadores Aurízio Esperidião da Hora, Cícero Inácio, Jefferson Alexandre Cavalcante, Ionaide Cardoso Martins e Milton José Pontes Filho e mais o suplente Nilton da Farmácia.

O empresário Jorge Octaviano Ferreira Dubeux, diretor da Usina Leão (S/A Leão Irmãos Açúcar e Álcool) e o engenheiro Osair Tavares Silva Júnior também serão soltos. Eles foram presos por estarem supostamente envolvidos no esquema.

Na última segunda-feira, dia 11, após determinação do juiz da 2ª Vara, Ayrton de Luna Tenório, a vice-prefeita de Rio Largo, Fátima Correia (PSD), e os sete suplentes tomaram posse e assumiram seus cargos em uma cerimônia na Câmara Municipal do município.

Assumiram as vagas os suplentes Emerson José Barbosa (PSB), Reginaldo Alves de Mendonça (PMDB), José Alves de Farias (PPS), Ana Paula de Moraes Moura (PP), Aloísio Correia Torres Jr. (PP), Cícero de Almeida Albuquerque (PP) e Maria Elielsa dos Santos (PP).

Foragidos

O Luiz Phellipe Malta Buyers, o Lula Leão, presidente do Legislativo Municipal, os vereadores Thales Luiz Peixoto Cavalcante, Maria das Graças Lins Calheiros, o empresário Marcelo Pereira Lessa e outro diretor da Usina Leão, José Paulo Cavalcante Neto estão foragidos da Justiça.

Prefeito preso

Toninho Lins, prefeito de Rio largo foi afastado do cargo na segunda-feira, dia 11. Ele está preso desde o dia 22 de maio e estava despachando de dentro do prédio da Academia de Polícia Militar, em Maceió, onde está detido. Toninho também já havia sido afastado do partido dia 23 de maio.

O juiz da segunda Vara da Comarca de Rio Largo, Ayrton Tenório, determinou o afastamento de Toninho do cargo até a conclusão da instrução do processo por ação de improbidade administrativa impetrado pelo Ministério Público Estadual (MPE) na semana passada.

Relembrando o caso

O prefeito, os vereadores e também empresários e engenheiros são acusados de participar um esquema que vendeu terras com área total de 252,40 hectares, situadas às proximidades da Rodovia BR 104, entre Rio Largo e Maceió, onde seria utilizada para programas habitacionais, preferencialmente à população de baixa renda, mas que teriam sido alienadas a empresa MSL Empreendimentos Imobiliários LTDA, sem concorrência pública, por R$ 700 mil.

Na área, seriam construídos três condomínios: Residencial Cidade Jardim I, II e III, por meio de loteamento. No entanto, uma decisão da justiça suspendeu as obras. Toninho é acusado pelo MP de apropriação de bens e renda pública em proveito próprio, alineação de bem público em desacordo com a lei, falsidade ideológica, dispensa ilegal de licitação e formação de quadrilha.