Mulher que seria amante de executivo morto será ouvida na 2ª

A identidade da mulher e o horário em que ela prestará depoimento não foram divulgados pela SSP

10/06/2012 13:56

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Terra

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Uma mulher que seria amante de Marcos Matsunaga, executivo da Yoki morto e esquartejado em maio, em São Paulo, deve depor nesta segunda-feira no Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a testemunha foi identificada pelo detetive particular contratado por Eliza Matsunaga, que confessou ter assassinado o marido após descobrir a traição.

A identidade da mulher e o horário em que ela prestará depoimento não foram divulgados pela SSP. De acordo com o advogado Luiz Flávio D'Urso, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) e contratado pela família do executivo, a oitiva da amante de Matsunaga pode ajudar a esclarecer o crime. "Todo mundo que, de alguma forma, teve contato com ele nos dias que precedem a sua morte pode trazer alguma contribuição para as investigações", afirmou.

Apesar de o diretor do DHPP, delegado Jorge Carrasco, ter dado o caso como encerrado na semana passada, em entrevista à imprensa, D'Urso considera que ainda há pontos que precisam ser aprofundados. "Não considero o caso encerrado. No tocante à autoria do crime está definido, mas ainda há provas que precisam ser colhidas", disse o advogado.

O advogado considera necessário ouvir novamente o reverendo Renê, da Catedral Anglicana de São Paulo, que atuava como conselheiro do casal. "Cerca de uma semana antes do desaparecimento do Marcus, o reverendo havia prevenido ele de que ele correria algum risco. Então, isso precisa ser melhor apurado, até para que a gente defina se realmente não houve premeditação", afirma o advogado, referindo-se a uma conversa em que o religioso teria alertado o executivo sobre o perigo de armazenar uma coleção de armas em casa. De acordo com D'Urso, é possível que o reverendo tenha feito o alerta após ouvir algum comentário de Elize, o que apontaria para o fato de que o crime fora premeditado.

D'Urso não descarta que novas testemunhas sejam chamadas para depor. "A Elize citou em depoimento que foi parada na estrada e foi multada por um guarda. O guarda precisa ser ouvido, para sabermos se ela estava de fato sozinha, e como se comportou na ocasião", afirma. Ainda de acordo com o advogado, uma terapeuta com quem o casal se consultava para administrar problemas conjugais também pode ser ouvida.
 

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