Professores da Ufal realizam ato público no centro da cidade nesta terça, 5

04/06/2012 14:59

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Assessoria

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Em greve, os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), acompanhados dos funcionários técnico-administrativos e estudantes da instituição, fazem na manhã desta terça-feira (5), um ato público em defesa da educação pública e da valorização profissional, no calçadão da Rua do Comércio, no centro da cidade.

Usando camisa branca com uma tarja preta no braço, simbolizando luto pela precarização do trabalho docente, os professores vão se concentrar, a partir das 9h, em frente ao posto de atendimento JÁ (antigo Produban),

Organizada pela Associação dos Docentes da Ufal (Adufal) e pelo comando local de greve (CLG), a manifestação tem o objetivo de ampliar o movimento para fora dos muros da Ufal, mostrando à população os motivos da greve e a real situação do ensino superior público em Alagoas e no Brasil.

“Queremos contar com a compreensão e o apoio da população e, para isso, vamos distribuir panfleto explicativo e ministrar aula pública em que iremos mostrar que a situação que vivenciamos é bem diferente daquilo que o governo noticia”, disse a professora Irailde Correia, membro da diretoria da Adufal e do CLG. .

O ato está sintonizado com outras manifestações que estarão sendo realizadas por professores e estudantes das 48 universidades em greve, em todo o País, e com a Marcha organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPFs) que estará acontecendo em Brasília, também nesta terça-feira, com a participação de várias categorias do funcionalismo público, inclusive os professores. Caravanas de SPFs dos vários Estados da Federação vão seguir pela Esplanada dos Ministérios rumo ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Os professores lutam pela reestruturação da carreira docente, valorização profissional e melhoria das condições de trabalho. Em seu 19º dia de greve eles buscam uma efetiva negociação com o governo para definir uma carreira única em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre níveis a partir do piso correspondente ao salário mínimo do DIEESE para regime de 20h; interstícios de dois anos entre os níveis; percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho; e incorporação das gratificações.

Apoio – Conforme informativo do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), a greve dos professores federais vem recebendo forte apoio da comunidade acadêmica e demais setores da sociedade. Vários parlamentares se solidarizaram com o movimento e garantiram interlocução junto ao governo cobrando abertura imediata às negociações.

Estudantes de pelo menos 19 universidades já deflagraram greve em solidariedade ao movimento dos professores inseridos na luta por melhores condições de trabalho e ensino. Técnico-administrativos de várias universidades públicas, reitores, conselhos universitários, direções de cursos e faculdades de diversas instituições também já manifestaram apoio à paralisação.

Todos os dias, os comandos nacional e locais de greve recebem moções de apoio e solidariedade à greve. A luta dos professores federais já ganhou repercussão internacional e começa inclusive a receber manifestações positivas vindas de movimentos sindicais e de entidades do setor da educação de países como Peru, França e Estados Unidos.

Em Alagoas, o movimento grevista recebeu moções de apoio dos estudantes da Ufal e do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal).
 

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