Posto em Riacho Doce está há mais de um ano sem oferecer tratamento odontológico

Apesar de ter dentista, falta estrutura para atendimento na Unidade de Saúde; segundo a direção, Secretaria já foi comunicada

31/05/2012 09:09

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Marigleide Moura

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Com equipamentos deteriorados e outros em falta, a Unidade de Saúde Municipal Lourença de Carvalho, em Riacho Doce, está há mais de um ano sem oferecer tratamento odontológico para as mais de 2 mil famílias cadastradas, uma média, de 8 mil pessoas. Segundo a direção administrativa da unidade, o caso já foi comunicado à Secretaria Municipal de Saúde que ainda não resolveu o problema.

Enquanto isso, quem precisa do atendimento tem que recorrer a unidades de Saúde em bairros vizinhos ou ao PAM Salgadinho, no Centro de Maceió. “Em casos extremos nós até tentamos resolver, mas quando não, o paciente tem que procurar um serviço particular”, contou uma odontóloga do Posto que prefere não ser identificada.

Na unidade, os problemas quanto ao atendimento de saúde bucal são críticos. De acordo com informações colhidas pela reportagem do Primeira Edição, antes de suspender sem previsão de retorno o atendimento no Posto, até material de consumo estava faltando para a realização dos procedimentos odontológicos.

Entre os materias permanentes que impossibilitam o funcionamento do setor na Unidade está o autoclave, um equipamento que é usado como método de esterlização dos materiais odontológicos evitando contaminação. Um autoclave para atender a demanda no local é avaliado, em média R$ 4 mil, segundo a dentista do Posto de Saúde.

No consultório onde os atendimentos eram feitos, a estrutura é deficiente. Alguns móveis e materiais foram doados por funcionários para suprir a necessidade. “Nós precisavamos de uma geladeira para armazenar a resina, como não tinha eu trouxe pra cá um frigobar. Doei na verdade. Era da minha casa”, contou uma funcionária contabilizando outros utensíliso que também foram doados para o setor.

Procurada pela reportagem do Primeira Edição, a Secretaria Municipal de Saúde informou que cabe a coordenação de Saúde Bucal tomar as providências para que o atendimento seja retomado. Já a coordenação de Saúde Bucal disse por telefone que o que falta para o posto depende da Coordenação Geral de Administarção (CGA) da SMS. A CGA não se pronunciou sobre o assunto.
 

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