OMS: Assembleia Mundial de Saúde preocupada com doenças não transmissíveis como cancro e diabetes

28/05/2012 05:40

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PT Jornal

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Na Assembleia Mundial de Saúde, Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu o combate à mortalidade prematura nas doenças não transmissíveis, como o cancro e a diabetes, como prioridade, com uma meta de menos 25 por cento de mortos. De acordo com o compromisso estabelecido para 2025, no encontro anual sobre Saúde, a OMS pretende reduzir a mortalidade de modo significativo.

Segundo adianta a agência Lusa, a OMS colocou no topo da agenda o combate à mortalidade nas doenças não transmissíveis, como a diabetes e o cancro, sendo que aquela organização apontou 2025 como limite para atingir uma meta de redução de mortalidade na ordem dos 25 por cento.

Na Assembleia Mundial de Saúde, que decorre todos os anos em Genebra, na Suíça, neste fim-de-semana, a Organização Mundial de Saúde reuniu delegados de 194 países, que adotaram 21 resoluções e tomaram ainda três decisões.

Entre essas decisões destaque para a diminuição na ordem de um quarto das mortes por cancro e diabetes (doença que está em crescimento). De acordo com a Lusa, os Estados membros “concordaram em adotar uma meta de redução de 25 por cento na mortalidade prematura por doenças não transmissíveis”.

Entre essas doenças estão, além do cancro e da diabetes, as doenças respiratórias crónicas e as doenças cardiovasculares. Os países concordaram que todos os setores e sistemas de Saúde participarão neste combate, através de programas que envolvem o combate aos hábitos com efeitos nocivos para a saúde.

O combate ao tabagismo, alcoolismo e sedentarismo, bem como a implementação de hábitos de alimentação saudável são, assim, compromissos dos países que participaram nesta Assembleia Mundial de Saúde.

No relatório que os estados aprovaram, são estabelecidas metas para a Saúde, mas também foi feito um ponto de situação das Metas do Milénio, conjunto de medidas estabelecido pela da Organização das Nações Unidas, OMS e Banco Mundial até 2015. Os países entenderam que há um longo caminho a percorrer, tendo em vista esses objetivos, que estão longe de alcançar.

Segundo Margaret Chan, diretora-geral da OMS, “a saúde dos idosos, a saúde materno-infantil, a sub e sobrenutrição, a erradicação da poliomielite e as exigências da saúde durante as emergências humanitárias” constituem outros objetivos a atingir por parte da OMS, no combate às doenças não transmissíveis e à promoção da saúde.

Diversos estados que participaram nesta Assembleia Mundial de Saúde consideraram ainda que a promoção da saúde constitui o principal fator de desenvolvimento das sociedades, sendo que, sem a defesa da saúde, nenhum país poderá crescer, em todas as suas vertentes. “A cobertura universal da saúde “deve prioridade no projeto de desenvolvimento, porque sem saúde nenhum desenvolvimento é possível”, sustentou Thérèse N'Dri-Yoman, presidente da Assembleia Mundial da Saúde, que acumula o cargo de ministro da Saúde costa-marfinense.

Outra prioridade da OMS é o reforço das políticas de promoção da educação sexual, cujas lacunas provocam a gravidez na adolescência e o casamento precoce. Essa medida também consta da agenda para 2025

Combate à discriminação, promoção da saúde mental, erradicação da poliomielite, respostas rápidas perante problemas de emergências humanitárias, garantia de recursos para os estados cumprirem as resolusões foram outras das conclusões desta Assembleia Mundial de Saúde da OMS, que se mostrou apreensiva com a ameaça da contrafação de medicamentos com o apoio de Organizações Não Governamentais.

Primeira Edição © 2011