Segundo os pesquisadores, a conquista significa um avanço na procura por tratamentos que permitam curar o coração de um paciente com as suas próprias células.

Estudos recentes com células estaminais e engenharia de tecidos já conseguiram reprogramar células de indivíduos jovens e saudáveis, mas até agora isto não tinha sido feito a partir de células de pacientes com doenças coronárias e idosos.

«Demonstramos que é possível extrair células da pele de um idoso com um problema cardíaco avançado» e transformá-las em «células saudáveis e jovens, equivalente ao que eram quando nasceu o paciente», afirmou Lior Gepstein, pesquisador do Sohnis Research Laboratory.

Os investigadores das três instituições científicas que realizaram o estudo obtiveram células cutâneas de dois homens de 51 e 61 anos com problemas cardíacos, reprogramaram-nas como células cardíacas e conseguiram juntá-las a uma amostra de tecido cardíaco danificado num prazo de 48 horas.

Em seguida, os pesquisadores implantaram com sucesso o tecido no coração de vários ratos saudáveis.

Gepstein considera que a sua técnica poderá superar dois dos principais obstáculos deste tipo de pesquisas: o risco de que, uma vez implantadas, as células transformem-se em tumores e a rejeição por parte do sistema imunitário do paciente.