Professores definem serviços que serão mantidos durante greve

Professores realizam assembleia nesta quarta-feira (23), no Campus A. C. Simões

23/05/2012 04:40

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Divulgação

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Em greve desde o dia 17, os professores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) realizam assembleia, nesta quarta-feira (23), às 9h30, no auditório da Reitoria, no Campus A. C. Simões, no bairro Cidade Universitária.

Em pauta, a avaliação do movimento com análise de conjuntura, informes nacionais e locais, com apresentação de tabelas que mostram o impacto da Medida Provisória (MP) 568/12 nos vencimentos básicos dos docentes e tabelas com valores propostos pelo Andes/SN (Sindicato Nacional das Docentes das Instituições de Ensino Superior), discussão da necessidade de criação de um fundo de greve e a definição dos serviços considerados essenciais e que vão continuar em funcionamento, mesmo durante a greve.

Na opinião do vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), professor Marcio Gomes Barboza, a greve tem sido uma demonstração inequívoca de que os professores já não aguentam mais esperar indefinidamente pela reestruturação da carreira docente. “As negociações não têm avançado e deveriam ter sido concluídas desde o final de março”.

A esse respeito, a Adufal vai apresentar um dossiê elaborado pelo (Andes/SN) que descreve minuciosamente o andamento dessa negociação que vem se arrastando desde agosto de 2010.

“A nossa carreira docente é a mesma desde a década de 80. Essa reivindicação é histórica e justa”, analisa o professor. Segundo ele, a Adufal e o Andes/SN têm pautado essa greve em cima da legalidade tomando todas as precauções e seguindo as exigências legais. “No dia 14, o Andes/SN comunicou a greve nacional ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e nós, aqui em Alagoas entregamos notificação ao Reitor Eurico Lobo, no dia 15”, expõe Marcio Barboza, enfatizando que o movimento vem preservando o direito fundamental de ir e vir da comunidade acadêmica, inclusive, sem o fechamento dos portões da instituição.

Serviços mantidos durante a greve

O movimento paredista está buscando na base e com a administração central da universidade a definição dos serviços essenciais a serem mantidos durante a greve. Na segunda-feira (21) foi realizada uma reunião do comando local de greve (CLG) com diretores de unidades acadêmicas para coletar demandas consideradas essenciais pela base.

Entre as demandas apresentadas estão, por exemplo, cursos de pós-graduação, cursos de ensino à distância (EAD), projetos de pesquisas financiados, projetos de extensão, estágios curriculares, eventos acadêmicos previamente agendados e atividades do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA). “Essas demandas foram sistematizadas em reunião do CLG, desta terça-feira (22) e serão apresentadas para deliberação da assembleia, desta quarta (23)”, afirma o professor.

A greve no País

Serão feitos informes nacionais com apresentação do quadro das instituições que já iniciaram o processo de greve, no País. “Na segunda-feira aderiram ao movimento os professores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e a Universidade de Brasília (UNB). Nesta terça foi a vez da Universidade Federal Fluminense (UFF). Segundo informações do Andes/SN até o final desta terça-feira (22) 43 seções sindicais já estão em greve.

Tabelas e impactos nos vencimentos básicos

Entre os informes locais haverá apresentação do balanço contábil da entidade, pelo tesoureiro geral, professor Aílton Galvão. O professor Marcio Barboza vai apresentar tabelas, expondo o impacto da Medida Provisória 568/12 nos vencimentos básicos dos docentes e tabelas com valores para vencimentos básicos propostas pelo Andes/SN.

Entre outros assuntos, os associados da Adufal vão discutir a necessidade de criação de um fundo de greve para custear as atividades inerentes à paralisação e vão eleger representantes de Alagoas para o comando nacional de greve (CNG).  

Primeira Edição © 2011