'Não falarei nada aqui', afirma Cachoeira em CPI

22/05/2012 11:28

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Folha Online

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Em audiência na CPI criada para investigar suas relações supostamente criminosas com empreiteiras e políticos, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou nesta terça-feira (22) que irá permanecer calado.

"Constitucionalmente fui advertido pelos advogados para não dizer nada e não falarei nada aqui, somente depois da audiência que terei com o juiz. Se achar que posso contribuir, pode me chamar que responderei a qualquer pergunta", disse Cachoeira, na sua primeira fala.

Cachoeira chegou ao Senado escoltado pela Polícia Federal. 

A mulher dele, Andressa Mendonça, acompanha a reunião. O advogado Márcio Thomaz Bastos foi acomodado ao lado do seu cliente, que está numa cadeira separada da mesa.

Ontem, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello decidiu que a liminar concedida na semana passada não tinha mais validade, já que a comissão concedeu à defesa de Cachoeira acesso a todo o material disponível. Foi com a liminar que Cachoeira conseguiu adiar a audiência.

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), elaborou uma lista com 200 perguntas para serem feitas ao empresário.

Como relator, o deputado tem direito a iniciar as perguntas ao empresário que foi orientado pela defesa a não responder a nenhum dos questionamentos.

O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), acostumado a fazer brincadeiras com os colegas, chegou sério hoje.

A Folha revelou nesta terça-feira que ele contratou em seu gabinete como funcionária fantasma Maria Eduarda Lucena, suposta coautora do hit "Ai se eu te pego". Antes da reunião, ele foi cobrado por colegas a se explicar.

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