Vereador por Rio Largo é posto em liberdade pela Justiça

Em entrevista ao Primeira Edição, Reinaldo Cavalcante afirma que sua prisão foi uma injustiça; "Fui eu quem denunciei o caso".

18/05/2012 15:55

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Thayanne Magalhães

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A Justiça determinou nesta sexta-feira (18), que o vereador por Rio Largo, Reinaldo Cavalcante (PP), fosse posto em liberdade. “Revogaram imeditamente a minha prisão quando perceberam que estavam cometendo uma injustiça. Eu sou o denunciante das fraudes”, afirmou o parlamentar em entrevista ao Primeira Edição.

O vereador foi preso na noite desta quinta-feira (17), junto com outros seis vereadores, além de empresários, em uma operação do Ministério Público do Estado (MPE) através do Grupo de Combate a Organizações Criminosas (Gecoc), sob cumprimento de mandados de prisão expedidos pela 17ª Vara Criminal.

Reinaldo Cavalcante afirma que há mais de um ano vem denunciando as fraudes e que procurou os órgãos responsáveis pelas investigações. “Eu estive no Gecoc, na 17ª Vara Criminal, no Tribunal de Contas. Fui eu quem fiz as denúncias, e não o Movimento de Combate a Corrupção”.

O prefeito da cidade, Toninho Lins (PSB), os vereadores e empresários são acusados de envolvimento em fraudes na negociado de um terreno com 252,40 hectares, que seria vendido por R$ 700 mil, sendo que as terras estariam avaliadas em R$ 25 milhões. O local seria destinado para a construção de residências de programas habitacionais, que beneficiariam a população de baixa renda. (Entenda o caso)

Sobre o fato de ter votado a favor da venda do terreno, Reinaldo Cavalcante se defende. “Eu votei a favor da venda do terreno, porque se tratava da construção de um loteamento habitacional para a população de baixa renda. Mas, o fato a aprovação da venda não autoriza o prefeito a vender o terreno por qualquer preço”.

De acordo com o parlamentar, a venda foi realizada sem a avaliação por preço de mercado. “Os projetos sociais de habitação podem ser aprovados sem licitação. Isso é autorizado por lei. Mas isso não justifica a venda pelo valor que o prefeito queria vender”, concluiu.
 

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