AMA vai a ministro mostrar realidade da seca no Estado

Em Maceió, Comitê e CONDECs reúnem informações para traçar roteiro de trabalho

16/05/2012 13:14

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Divulgação AMA

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O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos - AMA - prefeito Palmery Neto, acompanhado de presidentes de associações nordestinas onde as cidades enfrentam estiagem, apresentou na manhã desta quarta-feira (dia16) ao ministro da Integração Fernando Bezerra , um relatório sobre os efeitos da maior seca em 47 anos. Só em Alagoas já são 36 municípios em situação de emergência e mais de 400 mil pessoas afetadas.

Os prefeitos querem uma ação mais rápida do governo federal para o auxílio imediato a população. "Os prefeitos não têm mais como sustentar essa situação financeiramente, com pagamento de carros pipa e alimentação" disse Palmery Neto. Os agricultores também estão precisando de ajuda porque as culturas estão praticamente perdidas. O prefeito informou ao Ministro o que está sendo feito pela AMA , como a atualização de todos os decretos exigidos por lei e canal permanente com a Comissão Estadual de Defesa Civil e governo do Estado para acompanhar a execução das ações emergenciais.

A AMA está muito preocupada com a situação das cidades e a população que está sem água, sem alimentação e com a safra perdida. "O momento é de união de todas as esferas - federal, estadual e municipal - e é por isso que estamos aqui, para fazer uma grande corrente em defesa da população nordestina", finalizou.
Ao mesmo tempo, em Maceió, na sede da AMA, o representante do Ministério da Integração, Oliveira Junior anunciou que 46 milhões foram liberados para construção de poços, barragens e cisternas . A reunião com as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil também serviu para que os demais setores envolvidos no recém criado comitê estadual de combate a seca, informassem as principais orientações sobre a distribuição de água.

As verbas e os programas, já existentes, Água para Todos e Bolsa Safra e o recém-criado Bolsa Estiagem estão sendo gerenciados pelo comitê. “O planejamento de trabalho de todas as equipes operacionais será feito de acordo com as demandas repassadas pelas COMDECs, por isso solicitamos as informações com máximo detalhes”, disse Josivaldo Almeida, da Seagri e coordenador do gabinete de crise, montado na Rua Cincinato Pinto, 348, no Centro de Maceió.

O comitê informou que a prioridade de trabalho agora é a distribuição de água. Para isto, o grupo de trabalho ficou distribuído entre Exército, Defesa Civil e Secretarias. O Exército responsável pelo carro-pipa, Defesa Civil com as cisternas, Seagri e Semarh com poços, barragens e açudes. Os coordenadores foram orientados sobre como fazer a solicitação destas atividades.

Porém, para muitos coordenadores municipais não é apenas a falta d’água que preocupa a região, o aumento do preço na alimentação já está causando fome na população sertaneja. “Está em nossas mãos a vida de milhares de pessoas. Diferente da enxurrada, a seca está matando aos poucos, precisamos muito de água, mas também de comida. Os itens básicos da alimentação já aumentaram o preço. Precisamos de maior agilidade nas ações”, declarou emocionado Luciano José, de Girau do Ponciano.

A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) solicitou ao governador cestas básicas para distribuir nos municípios, onde aproximadamente 401.606 pessoas estão sendo afetadas pelo período da estiagem
 

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