Integrantes da comissão devem mudar de estratégia após STF suspender depoimento de Carlinhos Cachoeira
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O relator da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga ligação de políticos com Carlinhos Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), tentará ouvir nesta terça-feira os procuradores Daniel de Resende Salgado e Léa Batista de Oliveira. A medida será tomada depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu o depoimento do bicheiro.
Eles participaram das investigações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que acabou na prisão de Cachoeira em fevereiro deste ano. O depoimento dos dois procuradores estava previsto para a semana passada, no entanto, foi adiado porque a comissão prolongou a oitiva do delegado Matheus Mela Rodrigues por toda a quinta-feira.
Ontem, o ministro Celso de Mello do STF acatou pedido da defesa de Cachoeira para adiar o depoimento dele na CPMI. De acordo com a decisão, o depoimento de Cachoeira fica suspenso até o julgamento do mérito do pedido.
Reclamações
O relator considerou a decisão do STF "equivocada". "Nós respeitamos a decisão, no entanto discordamos, pois, em nenhum momento houve cerceamento da defesa", disse o relator. "Infelizmente, houve esse encaminhamento equivocado".
Caso não se consiga preparar a tempo o depoimento dos procuradores, o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), poderá ainda optar por antecipar a reunião administrativa para votar cerca de 200 requerimentos que aguardam apreciação do STF. Essa reunião estava marcada para a próxima quinta-feira.
Entre os requerimentos há os pedidos de convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel e da mulher dele, a subprocuradora Cláudia Sampaio, além da quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico da empresa Delta Construções e do dono da empresa, Fernando Cavendish. Também podem ser convocados os governadores de Goiás, Marconi Perillo, Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Primeira Edição © 2011