O inquérito sobre o assassinato do segurança Sivaldo dos Santos Nolasco, 41 anos, foi concluído depois que o delegado responsável pelo caso, Nivaldo Aleixo, ouviu todas as testemunhas. De acordo com a conclusão do titular do 6º Distrito Policial, o namorado da amante da vítima, André Andrade da Silva, de 37 anos, executou o crime por motivação passional.

Sivaldo era casado e, mesmo assim, começou a se relacionar com a agente administrativa da Polícia Federal, Maria Denise Oliveira. De acordo com o depoimento dela, colhido na sexta-feira (11), os dois teriam se conhecido há um mês, em um restaurante localizado em frente à sede da PF, no bairro de Jaraguá, em Maceió.

Em seu depoimento, Maria Denise também teria dito que vivia há oito anos com o acusado, e que desde que chegou em Alagoas, há cerca de seis meses, tentava se separar, mas o mesmo não aceitava a decisão da mulher. No dia do crime, último domingo, dia 6, André teria flagrado os amantes durante uma reunião de família.

O dia do crime
De acordo com o que foi colhido nos depoimentos, Denise teria convidado Sivaldo para ir até o balneário, e avisou que sua família estaria no local. O segurança aceitou o convite e também levou o filho, de 12 anos. Vítima e acusado sentaram próximos, a pedido da agente, se conheceram e beberam juntos.

André acabou se desentendendo com um segurança do clube, quando teria ido procurar a agente, que foi ao banheiro e demorou para retornar. Ele foi expulso e todos – Denise, Sivaldo, André e os filhos - acabaram indo em um mesmo táxi para a casa de Denise, que fica em Jacarecica. Lá eles continuaram bebendo em frente à residência.

Foi aí que André flagrou os amantes trocando carícias no banheiro. O acusado viu quando os dois se beijaram e ouviu quando a mulher disse que amava o segurança.

André, que não quis ouvir explicações, entrou na casa e fechou o portão. Ele pegou a arma da agente, uma pistola 308, e atirou primeiro contra o filho de Sivaldo. O menino pediu socorro e o pai correu desesperado, e gritou pedindo para que André parasse, mas foi inútil. O segurança foi atingido por tiros na mandíbula e na mão e, mesmo assim, o acusado continuou atirando até ter certeza de que o rival estava morto.

O menino conseguiu fugir. Ele sofreu alguns ferimentos e teve atendimento médico. André fugiu do local do crime, mas foi preso pouco tempo depois em Cruz das Almas. Ele reponde pelos crimes de homicídio e de tentayiva de homicídio.

O inquérito policial deve ser remetido à Justiça até terça-feira (15).