Período de chuva aumenta registros de picadas de escorpião em Alagoas

Segundo dados do Sesau, por ano o Estado tem um índice de 79% em atendimentos provenientes de picadas deste animal

10/05/2012 15:50

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Fran Ribeiro

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Inverno. Período que o Estado registra os maiores de volumes de chuva, os alagoanos devem se preocupar também com a proliferação de insetos, que são atraídos pela umidade. Aranhas, baratas e escorpiões estão na lista dos animais peçonhentos que são constantemente encontrados nas residências, principalmente nas áreas onde a assistência ao saneamento básico sofre com a carência de políticas públicas.

A reportagem do Primeira Edição conversou com Silvana Tenório, Técnica Estadual responsável pelo programa de Acidente por Animais Peçonhentos, da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). De acordo com Silvana é nessa época que os registros de picada, principalmente, por escorpiões têm um aumento significativo e por ano, Alagoas tem um índice de 79% em atendimentos do tipo.

“Por ser um período de chuvas é quando os escorpiões se desalojam. Eles geralmente aparecem nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde, momentos em que saem e voltam de seus esconderijos à procura de alimento”, explicou. No Estado, a espécie mais comum é a Tityus Stigmurus, popularmente conhecida como escorpião amarelo. O animal tem a cor amarela como predominante, e apenas uma linha escura no dorso.

Esses animais são atraídos para locais onde há acúmulo de lixos, entulhos e locais escuros. O ataque é uma forma de defesa do animal e geralmente ocorre em momentos onde as vítimas estão dormindo ou distraídas. “É importante que as pessoas evitem andar descalças pela casa, quintal, e antes de calçar os sapatos, sempre olhem antes. Por ser um lugar aquecido e escuro, o escorpião pode se alojar dentro de um calçado que é pouco utilizado. Evitar que camas e berços fiquem encostados na parede; que colchas de cama e mosquiteiros fiquem em contato direto com o chão, além de sempre olhar os locais onde roupas de cama e toalhas são armazenadas”, orientou Silvana.

As dicas de prevenção não param aí. O acúmulo de lixo e de entulhos atrai baratas, principal fonte de alimento dos escorpiões, além de ratos e outros bichos transmissores de doenças. “Caso um local apresente a incidência desses animais o morador pode entrar em contato com Secretaria Municipal de Saúde, e em Maceió com o Programa de Controle de Escorpião. É feito um agendamento e depois de três dias, profissionais vão até o local onde é feito um trabalho de combate e orientação”.

Se houver vítimas de picada de escorpião, a Silvana Tenório informou que os mini pronto-socorros de Maceió e nas cidades de Arapiraca, Coruripe, Delmiro Gouveia, Piranhas, Penedo e Pão de Açúcar estão equipados para a realização do atendimento. “Quando há um caso de picada de escorpião os mini pronto-socorros de Maceió e nas cidades realizam o atendimento de soroterapia. Mas geralmente, o tratamento nem é necessário. É feito um bloqueio anestésico no local para combater a dor e o paciente passa por avaliação médica. Caso haja a necessidade, é aplicado o soro. Em casos extremos, os pacientes são encaminhados para o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), no bairro do Trapiche”.

Grande parte dos registros de ataque de escorpião é considerada acidente leve, quando não há a necessidade do tratamento soroterápico. A exceção é quando os casos são em crianças e idosos, o tratamento é feito diretamente com o soro.

 

Programa de Controle de Escorpião em Maceió: 3315-5360
 

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