No estado existem cerca de 500 falcêmicos em tratamento. Doença atinge principalmente a comunidade negra
Marcos Filipe Sousa
compartilhar:
O Ministério da Saúde (MS) realizou nesta terça-feira (08) o II Encontro Nordeste de Doença Falciforme. Entre os destaques estiveram os avanços da medicina para o tratamento da doença e o seu quadro no estado.
O encontro teve como palestrante a técnica do ministério Silma Melo. “Um evento como esse traz ao conhecimento de todos, uma doença ainda desconhecida, mas que afeta uma parte da população”, destacou.
Durante o encontro, os técnicos da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme ressaltaram que, no protocolo de atendimento, deve ser verificado se o calendário vacinal do paciente está em dia, além de realizar o acompanhamento nutricional e o tratamento bucal dos portadores da patologia. “Esta é uma oportunidade de trocar experiências com outros profissionais e aprender novas técnicas e protocolos”, ressaltou.
Em Alagoas, existem cerca de 500 falcêmicos em tratamento.
O que é Doença Falciforme?
A doença falciforme é a doença genética mais comum em nossa população. Na África sua incidência se deu devido a processo de seleção genética que protegeu a população da malária, doença epidêmica em muitas regiões daquele continente. A doença chegou ao Brasil no período do império, tendo sido trazida por escravos proveniente da África, por isso ela é mais freqüente onde a influência dos escravos foi maior (região nordeste, Rio de Janeiro, Minas Gerais) e hoje devido a grande miscigenação da nossa população, podemos encontrá-la em todos os segmentos raciais do Brasil.
O diagnóstico da doença falciforme pode ser feito no bebê logo após o nascimento,através do “Teste do Pezinho”. Já em crianças maiores e nos adultos é feito pelo teste de falcização e sua confirmação pelo exame de eletroforese da hemoglobina.Confirmado o diagnóstico, o paciente deve ser matriculado no programa de controle da doença falciforme, a fim de iniciar as medidas que visem a prevenção dos sintomas e conseqüências graves da doença.
Primeira Edição © 2011