De acordo com o meteorologista Rômulo Abreu, nos meses de maio, junho e julho a situação deve melhorar nas regiões alagoanas
Redação com Agência Alagoas
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A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hidricos (Semarh), através do meteorologista Rômulo Abreu, afirmou nesta quinta-feira (3) que a seca que atinge os diversos municípios nordestinos é decorrente do enfraquecimento do fenômeno La Niña.
De acordo com a explicação do meteorologista, o La Niña é conhecido por causa chuvas concentradas e intensas, como aconteceu no ano de 2010, onde uma enchente afetou várias cidades alagoanas. “O problema maior na estiagem deste ano em Alagoas foi a seqüência de chuvas fracas nos meses de março e abril”, explica Rômulo, afirmando que esse processo de estiagem é normal, quando comparado ao mesmo período de anos anteriores.
Segundo ele, nos meses de maio, junho e julho, mesmo com chuvas ainda abaixo da média, a situação deve melhorar nas regiões da Zona da Mata, Baixo São Francisco e no Litoral alagoano.
“A precipitação das águas está abaixo da média por causa do enfraquecimento do La Niña. Dessa forma, as águas do Atlântico Sul, perto da África, influenciam todo o Nordeste, inclusive Alagoas, que sofre uma alta pressão, o que inibe qualquer possibilidade de chuva”, disse Rômulo.
Em relação às médias de chuva para o litoral alagoano, ele informa que a probabilidade de as chuvas se precipitarem acima da média histórica é de 25% para os meses de maio, junho e julho.
Ainda em 2011, acrescenta Rômulo, mesmo sendo meses mais chuvosos, o Estado ficou abaixo da média histórica. “Mas essa variação sempre ocorre e isso é um fenômeno normal”, completa.
As regiões do Estado parâmetros para a previsão pluviométrica são o Litoral, a Zona da Mata, Baixo São Francisco, Sertão do Baixo São Francisco, Agreste e Sertão.
Nesta quinta-feira (3), o Comitê Integrado de Combate à Seca, instituído pelo governador Teotonio Vilela Filho, também esteve reunido pela primeira vez no Palácio República dos Palmares para discutir as ações de compensação aos efeitos da estiagem.
O encontro contou com a presença de representantes de diversos órgãos e instituições, como a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Federação Estadual dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag) e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), entre outros.
Os grupos de trabalho do comitê foram divididos em quatro núcleos. Um deles será o da água, que será responsável pelas resoluções de questões ligadas a cisternas, carros-pipa e poços.
Outro grupo se dedicará a encontrar alternativas para questões como o Garantia-Safra e o Bolsa-Estiagem. Na divisão, outro grupo se dedicará ao acompanhamento da concessão de crédito rural. Um quarto grupo vai tratar de pequenos sistemas de abastecimento, que contará com o apoio de órgãos como a Companhia de Abastecimento de Saneamento de Alagoas (Casal) e a AMA.
“Agora é a fase da operacionalização, depois do decreto que instituiu o comitê. Nosso objetivo é diminuir os efeitos desta estiagem, possibilitando o gerenciamento das ações e das respostas aos problemas”, disse o coordenador do Comitê Integrado de Combate à Seca, coronel Luiz Antônio.
Primeira Edição © 2011