Polícia aguarda DNA de vítimas de canibais em Pernambuco

04/05/2012 13:13

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R7

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A Polícia Civil de Pernambuco aguarda o resultado dos exames de DNA feitos dos restos mortais das três supostas vítimas do trio preso em abril suspeito de canibalismo na cidade de Garanhuns, no agreste do Estado. A informação foi confirmada, nesta sexta-feira (4), pelo diretor-geral de Operações da Polícia Civil, Osvaldo Morais.

Ele afirmou que o resultado deve ser anunciado pela Polícia Científica até a próxima quarta-feira (9). Morais disse acreditar que as identidades sejam confirmadas como sendo as de Giselly Helena da Silva, de 30 anos, Alexandra Falcão da Silva, de 20 anos, e Jéssica Camila Pereira.

Os restos das duas primeiras foram encontrados no fundo da casa onde os suspeitos viviam em Garanhuns. A possível ossada de Jéssica Camila Pereira foi encontrada em uma residência em Olinda, na região metropolitana do Recife, em escavações feitas com base nos depoimentos do trio.

— Estamos esperando essa confirmação do DNA para concluir as investigações e indiciar o trio. Achamos difícil que mais restos mortais sejam encontrados.

Além das três vítimas, o grupo teria confirmado em em depoimento o assassinato mais cinco mulheres no Estado. Eles confessaram também que comiam a carne das mulheres como parte de um ritual de purificação. O primeiro do trio teria ocorrido em 2008.

A polícia deve fazer também o exame de DNA em pessoas que afirmam ser parentes de uma menina encontrada com o trio no momento da prisão. Segundo o delegado Wesley Fernandes, titular de Garanhuns, a menina está em um abrigo e só será entregue a familiares quando for comprovado o parentesco.

Jorge Negromonte Silveira, de 50 anos, é suspeito de liderar o grupo de supostos canibais. Ele é formado em educação física e já deu aulas de karatê, ginástica e dança. Em um livro, Silveira teria descrito como cometeu o assassinato de Jéssica. No mesmo documento, ele desenhou pedaços de corpos, enterros e caveiras.
Após a prisão, a polícia descobriu que além de comer parte dos corpos, o trio também usava a carne para fabricar salgados como coxinhas e empadas, que eram vendidas à população de Garanhuns. 

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