Indicação de Brizola Neto repercute bem entre sindicalistas e parlamentares

30/04/2012 15:55

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Jornal do Brasil

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Anunciado nesta segunda-feira (30) como o novo ministro do Trabalho, o deputado Brizola Neto teve sua indicação elogiada entre sindicalistas e parlamentares do Congresso Nacional. Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, Brizola Neto é “um bom nome” que terá que enfrentar desafios como a melhor qualificação profissional dos trabalhadores.

“Esperamos que (Brizola Neto) tenha uma atuação republicana no Ministério do Trabalho, ou seja, que não transforme o MTE em um aparelho do partido (o ministro é ligado ao PDT) e que atenda todas as centrais sindicais com igualdade de tratamento”, disse em nota.

Durante conferência realizada na Bahia, nesta segunda-feira, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que ele tem experiência por já ter sido líder do PDT na Câmara dos Deputados e secretário no Rio de Janeiro. "Experiência não se mede apenas pela idade. Resolve-se a pendência da pasta, que diz respeito à vida do povo brasileiro", afirmou Jucá.

Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, disse que é importante reorganizar a participação do PDT na pasta e que o novo ministro mostra a "capacidade da juventude brasileira". Já o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) criticou a decisão da presidente: "Ela não acertou na escolha porque Brizola Neto não atende aos grupos da bancada". Porém, Jardim afirmou que o novo ministro do Trabalho é uma "pessoa correta, bem intencionada".

Brizola Neto vai substituir Paulo Roberto Pinto, que ocupa o cargo há cinco meses como interino. A decisão foi tomada em reunião na manhã desta segunda-feira entre Dilma e o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi. O novo ministro, que está em Brasília, foi chamado às pressas ao Palácio do Planalto para ser comunicado da decisão. Brizola Neto disputava a indicação com outros dois nomes. O também deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) tinha a preferência interna do partido, mas sofria forte resistência de Dilma e dos ministros palacianos, entre eles Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. O outro nome, com menos chances, era do secretário-geral do PDT, Manoel Dias.

Dilma foi convencida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a não passar as comemorações do Dia do Trabalhador sem um nome definitivo à frente da pasta que cuida das políticas para o setor. Brizola Neto, 33 anos, é o mais novo ministro da Esplanada dos Ministérios. Filiado ao PDT desde 1997, é neto do ex-governador Leonel Brizola e foi vereador da cidade do Rio de Janeiro antes de ser eleito para o primeiro mandato como deputado federal, em 2006.

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