Psicologia Hospitalar é tema de reunião científica do HGE

Especialistas explicaram o papel do profissional na urgência e emergência e elencaram as principais demandas psicológicas

26/04/2012 11:27

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Assessoria

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O Brasil é um dos países pioneiros na Psicologia Hospitalar, ramo da ciência que atua na diminuição do sofrimento do paciente hospitalizado e de seus familiares. O tema foi pauta da Reunião Científica Mensal do Hospital Geral do Estado (HGE) desta quarta-feira (25), que contou com a participação de profissionais e estudantes da área da saúde.

O evento é uma iniciativa da Gerência Acadêmica do HGE e do Centro de Estudos Profº Rodrigo Ramalho e tem como objetivo fomentar, todas as últimas quartas-feiras do mês, a discussão acerca dos conhecimentos científicos em saúde.

As psicólogas do Hospital Geral, Maria Auxiliadora Ferreira e Tasmânia Quintela, explicaram o papel do psicólogo na urgência e emergência e elencaram como principais demandas psicológicas a tentativa de suicídio, o transtorno somatoforme (caracterizado por queixas fixas inexplicáveis) e a notícia de óbito.

De acordo com Maria Auxiliadora Ferreira, a psicologia hospitalar pode ser definida como um conjunto de contribuições científicas, educativas e profissionais, que fornecem melhor assistência a enfermos hospitalizados. “O paciente quer e precisa ser ouvido. É esse o nosso papel: de servir de ponte entre a pessoa internada ou seu acompanhante e a equipe multiprofissional que está prestando assistência”, explicou.

A psicóloga destacou que o paciente deve ter atenção de forma integral, exigindo do profissional de psicologia um olhar diferenciado, capaz de desenvolver ações de maneira acolhedora e humanizada. “A interação entre a equipe multiprofissional é fundamental para assegurar que o paciente possa restabelecer a saúde física e mental, por isso precisamos fomentar a comunicação entre médicos, equipe de enfermagem e psicólogos”.

Para Tasmânia Quintela, chamar o paciente pelo nome é uma das prerrogativas para o atendimento focado na compreensão do sofrimento e na busca de uma intervenção eficiente. “Estamos habituados a identificar o paciente pelo leito que está ocupando ou pela doença que o acomete e isso se deve a rotina diária de grande demanda, mas enxergar o paciente como um indivíduo que precisa ser cuidado é o papel de todos os profissionais de saúde”, ressaltou.

A psicóloga informou ainda que a principal técnica utilizada na urgência e emergência é a psicoterapia breve, em que o psicólogo atua de forma direta e participativa em todo o processo terapêutico. “Trabalhamos com a ‘escuta’ da subjetividade do indivíduo e nesse processo até o silêncio tem sua importância, pois o silêncio fala muito e nós psicólogos sabemos ouvi-lo”.

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