Médicos protestam pelo Brasil por melhor remuneração

Profissionais que atendem pacientes de planos interrompem consultas por 24 horas

26/04/2012 07:39

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R7

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Entidades médicas e odontológicas de São Paulo fizeram, na manhã de hoje (25), uma passeata, na região da avenida Paulista, para reivindicar reajustes nos valores repassados pelos planos de saúde à categoria. O movimento faz parte do Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, com atividades programadas em todo o país. A manifestação ocupou duas faixas da avenida, deixando o trânsito lento por cerca de 30 minutos. Também houve manifestações no Rio de Janeiro e em Recife (PE).

Além das manifestações, médicos credenciados em operadoras de planos de saúde interrompem nesta quarta-feira (25), por um período de 24 horas, as consultas e outros procedimentos eletivos em dez Estados – Acre, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Sergipe.

Em São Paulo, as consultas e os procedimentos eletivos não foram suspensos. O presidente da APM (Associação Paulista de Medicina), Florisval Meinão, explicou:

— Optamos por não prejudicar, de nenhuma forma, o atendimento ao usuário. Somente as lideranças médicas estão participando do ato.

Os médicos reclamam da falta de diálogo com as operadoras de saúde. O diretor-secretário do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), Otelo Shivo, declarou:

— Tem planos que pagam R$ 12 por consulta. Estamos pedindo um reajuste que eleve o valor mínimo para R$ 70. Eles alegam que isso iria onerar o custeio do plano, mas somente cerca de 30% do valor pago pelo usuário é repassado aos médicos.

Além do reajuste nos honorários, os médicos reivindicam o fim da interferência das operadoras de planos de saúde na relação com o paciente. Outra proposta trata da necessidade de estabelecer critérios para descredenciamento de médicos.

— São enviadas planilhas aos médicos com os valores dos procedimentos passados por eles. Os que representam um gasto elevado para a operadora estão sendo descredenciados.

No Rio de Janeiro, os médicos realizaram um protesto em frente à sede FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar)

Ontem (24), em Brasília, entidades médicas fizeram uma manifestação e acenderam 600 velas em frente ao Congresso Nacional representando os mais de 600 mil usuários de planos de saúde da região metropolitana do Distrito Federal. 

Primeira Edição © 2011