Washington deixa amizades e cliente: 'Tem de dar Ponte'

Ex-atacante, que é amigo de Vadão e empresário do zagueiro Rodrigo Arroz, diz que acompanhará semifinal e torcerá por vitória da Macaca

25/04/2012 05:33

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Globo Esporte

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De todos os personagens da história do dérbi campineiro, Washington seria um sério candidato a ficar dividido no clássico deste domingo. Com a carreira de jogador profissional ligada à Ponte Preta, o agora empresário dá seus primeiros passos fora dos gramados justamente no Guarani. Mas nem a amizade com o técnico Oswaldo Alvarez e o lado profissional (ele é empresário do zagueiro Rodrigo Arroz, reserva bugrino) disfarçam por quem o coração valente baterá assim que a bola rolar no Brinco de Ouro.

– Tem que ser Ponte Preta.

Não faltam motivos para que Washington se vista de torcedor alvinegro neste fim de semana. Apesar de ter laços empresariais com o Guarani, o ex-atacante viveu a melhor fase de sua carreira no Moisés Lucarelli. Em duas passagens (1998 e depois de 2000 a 2002), foram 87 gols, que lhe renderam as artilharias do Campeonato Paulista, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro, todos em 2001. Os bons números garantiram convocações à Seleção Brasileira, para jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo e Copa das Confederações.

– Não tem jeito de ser diferente. Tudo que aconteceu comigo na Ponte jamais vai se apagar. Desta vez não dá (para torcer para o Guarani). Na primeira fase, eu torci pelo empate, que foi o que aconteceu. Desta vez, aposto em um 2 a 1 para a Ponte.

Para o ex-atacante, a Macaca proporcionou um marco no Campeonato Paulista ao eliminar o Corinthians em pleno Pacaembu. Este resultado, conquistado quando poucos esperavam a derrota do Timão, trará moral para enfrentar o Bugre, que, por sua vez, tem uma equipe muito arrumada desde que Vadão chegou.

– A vitória da Ponte foi marcante, porque ganhou do melhor time da primeira fase e fora de casa. Foi realmente um feito histórico, que merece ser parabenizado. Torci muito aqui em casa, sofri e xinguei bastante. Os times, no fundo, são iguais e bem armados. Já trabalhei com o Vadão e sei que ele arma muito bem o time – afirmou o ídolo alvinegro, destacando Fabinho e Renato Cajá como os principais jogadores de cada time.

Na torcida pela vitória da Macaca, Washington espera que o atual elenco tenha melhor sorte do que ele no dérbi. Nas quatro oportunidades que teve de enfrentar o Guarani, o ex-camisa 9 balançou as redes três vezes, mas o máximo que conseguiu foram dois empates.

Mesmo sem vitórias contra o Bugre, ele guarda momentos especiais. Como o empate por 1 a 1 em abril de 2002, que evitou a queda da Ponte no Torneio Rio-São Paulo e, de quebra, rebaixou o arquirrival. Assim como foi feliz nesta partida em especial, Washington deseja tudo de bom para Vadão e Rodrigo Arroz no Brinco de Ouro. Só que só a partir de domingo...

– Que o Vadão e o Arroz sejam muito felizes no Guarani, mas só depois do dérbi (risos).

Primeira Edição © 2011