Docentes e técnicos da Ufal fazem paralisação nesta quarta-feira, 25

Reivindicam um reajuste linear de 22,08% para todos os servidores públicos federais

25/04/2012 04:14

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Redação com divulgação

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Os professores e técnicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) paralisam novamente suas atividades. Eles decidiram cruzar os braços nesta quarta-feira (25) para reivindicar um reajuste linear de 22,08% para todos os servidores públicos federais, entre outros itens da campanha salarial de 2012.

Também protestam contra o descaso do governo em relação à pauta de reivindicação que vem sendo apresentada desde 2011. Eles estão concentrados em frente ao Campus A.C. Simões, no Tabuleiro, ao som da Banda de Pífano Flor do Nordeste.

“Entre 2011 e 2012, o governo não fez nenhuma correção em nossos salários; nem sequer referente às perdas inflacionárias. Para se ter uma ideia, os docentes iniciam a carreira com um vencimento básico de apenas R$ 557,51 para um contrato de 20 horas, portanto abaixo do salário mínimo vigente”, expõe o professor Antonio Passos, presidente da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal).

Construída em conjunto com os servidores , a pauta de reivindicações de 2012, além do reajuste linear, é composta por eixos como a definição da data-base em 1º de maio; política salarial permanente com reposição inflacionária, cumprimento dos acordos firmados; supressão dos artigos 86 e 87 do PL 2203/11 que mudam os níveis de insalubridade/periculosidade; e a paridade entre ativos, aposentados e pensionistas.

Amargando perdas de quase 40% em seu poder de compra, os professores cobram o pagamento do acordo emergencial de agosto de 2011, cuja vigência foi definida para março de 2012 e não aconteceu. Ainda referente às negociações de 2011, a categoria acompanha e aguarda as definições do grupo de trabalho (GT) sobre a reestruturação da carreira que faz, nesta quarta-feira (25), mais uma reunião, em Brasília.

“A categoria está cansada de esperar. Essa paralisação de hoje (25), a exemplo da que ocorreu na quinta-feira (19), demonstra a insatisfação dos servidores públicos do País diante da falta de uma política salarial para o setor público”, observa Antonio Passos. Segundo ele, novas paralisações deverão ser realizadas. “Temos indicativo de greve por tempo indeterminado para 15 de maio”, adverte.

Muito duro
Na opinião do 1º vice-presidente do Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, (Andes/SN), Luiz Henrique Schuch, o governo tem sido muito duro nas negociações com os servidores. “Estamos sendo convocados para pagar pelo ajuste imposto pela crise internacional. O governo tem negado o nosso reajuste, mas tem destinado metade do orçamento para o pagamento de juros e encargos da dívida federal e concedido vários benefícios tributários ao empresariado nacional”, critica o dirigente. 

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