Abel, Edinho e Sobis deixam afeto de lado

Referências aos jogadores e aos títulos conquistados por eles são inúmeras no complexo do Beira-Rio. Trio garante que, em campo, tudo isso fica afastado

25/04/2012 11:42

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GLOBOESPORTE.COM

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Visando à Copa do Mundo de 2014, o Beira-Rio passa por intensas obras. O entra e sai de caminhões e tratores é constante. Mas, em meio a tudo isso, um setor segue intacto no complexo do estádio. Trata-se do Museu Sport Club Internacional - Ruy Tedesco, que conta a história do clube desde a fundação, passando pelos grandes ídolos e chegando até as principais conquistas, com os troféus expostos. Estão lá as taças das Libertadores de 2006 e 2010, além do Mundial também em 2006. E, como não poderia deixar de ser, os tricolores Edinho, Rafael Sobis e o técnico Abel Braga estão eternizados em vídeos, fotos e projeções no local.

O moderno espaço de mais de mil metros quadrados é uma verdadeira ode ao clube. E como o trio, hoje do Fluminense, foi fundamental na história recente, faz parte do material. Nas fotos do Mundial, Edinho está lá segurando a taça. Ao relembrar a Libertadores de 2006, Sobis, com um visual bem diferente do atual, está nas fotografias. Antes de chegar onde as taças ficam expostas, o visitante pode clicar em terminais e pesquisar tudo sobre cada jogador que já vestiu a camisa do Inter. O mesmo pode ser feito com os treinadores, e é lá que está Abel Braga.

Além das fotos, um espaço que simula uma arquibancada de madeira passa vídeos com as imagens das campanhas históricas e entrevistas com os personagens. Além de imagens do trio, existe uma referência ao Fluminense em função do polêmico título da Copa do Brasil de 1992.

Por tudo que viveu, Abel Braga não esconde o carinho que sente pelo Internacional. E ele sabe que, assim como Sobis e Edinho, irá sentir muita emoção quando pisar no Beira-Rio na noite desta quarta-feira, para o primeiro jogo entre Fluminense e Internacional, pelas oitavas de final da Libertadores, às 21h50m.

- É um reconhecimento por tudo que vivemos aqui. Ano passado tinha sido a minha primeira vez e agora temos um confronto de Libertadores. O torcedor reconhece, mas precisa saber que agora cada um defende o seu lado. E vamos procurar a vitória, seja ouvindo vaias ou aplausos - afirmou.

Rafael Sobis pensa da mesma maneira.

- Construí uma história aqui, mas neste momento ela é secundária. Ficou no passado. Hoje estou no Fluminense, e é essa camisa que vou honrar - disse.

Edinho também confessa que vive uma emoção diferente ao pisar no Beira-Rio. O volante se sente honrado por fazer parte da grandiosa história recente do rival, mas não pensa diferente dos amigos.

- Em campo esse carinho e esse respeito ficam de lado. Não tem como. O que fizemos foi eterno e está gravado. Mas hoje é cada um lutando pelo seu - explicou.

Nas Laranjeiras, o Fluminense está reformando e modernizando a sua sala de troféus.

No novo espaço, haverá ainda um espaço para contar a história do clube através de atrações multimídia bastante interativas. Caso repitam no Tricolor o que fizeram no Internacional, é certo que Edinho, Rafael Sobis e também Abel Braga terão lugar de destaque.
 

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