Gestores da Saúde se reúnem com servidores do Samu de Maceió

Encontro realizado nesta terça-feira é parte Programa Aberto para Ouvir e discutiu situação e soluções para a central de atendimento

17/04/2012 14:05

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Assessoria

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O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Toledo, esteve no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Maceió nesta terça-feira (17) para uma reunião com servidores. O encontro, que faz parte do Programa Aberto para Ouvir (Papo), contou com a participação de diversos gestores da Secretaria de Saúde (Sesau) e teve como objetivo discutir a situação do Serviço.

Na ocasião, o gestor da pasta ouviu as dificuldades da equipe do Samu, assim como propostas de possíveis soluções. A reunião teve a participação de auxiliares de enfermagem, condutores, responsáveis pela higienização das ambulâncias e agentes administrativos e a pauta principal foi sobre a realização de manutenções preventivas nos carros e de melhorias na remuneração.

Outro ponto abordado foi o desgaste dos veículos. “Eles rodam 24 horas por dia e tem uma deterioração muito grande. Não são carros de passeio, mas sim para atendimento de emergência”, disse o condutor Adriano Macena. “Temos muito cuidado e, em oito anos, contamos nos dedos os veículos que tiveram perda total, mas precisamos de manutenção”, acrescentou o condutor Sandro Moreira.

Durante a reunião, os servidores solicitaram ainda a construção de uma garagem coberta e a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) – este último ponto já assegurado pelo secretário após o envio, para a Sesau, de uma solicitação em caráter emergencial. Uma das soluções apresentadas foi também a possibilidade de dar autonomia financeira à central.

Alexandre Toledo ressaltou a importância das reivindicações e, principalmente, do momento de discussão junto à equipe. “Estamos tentando ficar mais próximos de vocês, das unidades ligadas à Sesau, pois muitas vezes achamos que conhecemos os problemas, mas, em alguns casos, apenas quem está no dia a dia sabe as maiores dificuldades e as melhores maneiras de resolvê-las”, disse o gestor.

Ele também lembrou o desfinanciamento da Saúde, o que tem impossibilitado a realização de alguns investimentos. “Esse é um problema sério. Recebemos R$ 520 mil para custeio do Samu e só a folha de pagamento de Maceió é de R$ 1 milhão. O custo de uma USA [Unidade de Suporte Avançado] é de R$ 100 mil e recebemos R$ 27.500. Na prática, o governo federal não está arcando com 50% dos custos, como diz a portaria”, acrescentou.

As demandas apresentadas nesta segunda-feira foram documentadas e serão discutidas por uma comissão interdisciplinar composta por técnicos da secretaria e pelas categorias envolvidas. Depois de discutidas, as proposições serão levadas novamente para avaliação do grupo de funcionários para, a partir daí, as ações poderem ser colocadas em prática.

“Nosso intuito é justamente esse, criar um canal de comunicação entre os responsáveis pela gestão do Sistema Único de Saúde e os funcionários. Temos ido as unidades e vamos fazer visitas periódicas com o objetivo de discutir e solucionar os problemas, até porque vocês têm muito mais propriedade para apontar o caminho”, destacou a coordenadora de Ações Estratégicas da Sesau, Camille Wanderley.

Também participaram da reunião o gerente geral do Samu, Carlos Adriano; o superintendente de Atenção à Saúde, Sival Clemente; a diretora de Atenção Pré-Hospitalar, Maria Aparecida Cavalcanti; e o coordenador Setorial de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Robson Silva. 

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