Ban pede a Governo e rebeldes sírios que respeitem cessar-fogo

16/04/2012 12:51

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EFE

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O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu nesta segunda-feira ao Governo e aos rebeldes sírios uma contenção 'máxima' com o objetivo de consolidar o cessar-fogo decretado na quinta-feira e permitir o trabalho dos observadores das Nações Unidas.

'Esta interrupção da violência é muito frágil, requer um apoio completo e a cooperação de todas as partes: autoridades sírias e forças da oposição', afirmou Ban em declarações conjuntas com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Ban advertiu que qualquer problema 'pequeno ou involuntário' pode 'romper este processo tão frágil', por isso pediu a ajuda de todos para continuar o processo de negociação política.

O secretário-geral das Nações Unidas lembrou que os primeiros seis membros da equipe de observadores já chegaram à Síria, apesar de a questão da segurança ainda precisar ser concretizada.

Em todo caso, Ban reiterou várias vezes que os observadores estão 'desarmados' e deixou claro que é responsabilidade do Governo sírio garantir sua liberdade de acesso e de movimento para poder comprovar a interrupção da violência.

Ele também afirmou que esta liberdade de acesso 'é aplicada a todos: autoridades sírias e forças da oposição'.

Ban Explicou que o grupo de observadores aumentará a até 30 pessoas, e que na próxima quarta-feira proporá ao Conselho de Segurança a autorização para o desdobramento de uma missão ampliada, composta por 250 pessoas.

O secretário-geral confiou que o desdobramento desta missão ajude para pôr fim à violência em benefício do povo sírio.

Os seis membros da missão de observadores das Nações Unidas enviados a Damasco devem se reunir nesta segunda-feira com responsáveis do Governo de Bashar al Assad e com representantes da oposição para explicar sua incumbência.

O secretário-geral das Nações Unidas afirmou que esse grupo 'acaba de começar sua missão', por isso que ainda não recebeu nenhum relatório sobre sua atividade.

Ban lembrou que o enviado especial da ONU, Kofi Annan, conseguiu o apoio de 'atores chave' a seu plano, como Rússia, China, Irã e todos os membros da Liga Árabe. 

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