Em greve desde o dia 14 de março, os médicos anestesistas podem deixar de atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Maceió. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira (11), em assembleia. Segundo o presidente da Cooperativa dos Anestesistas de Alagoas, Dário Braga, a categoria estipulou prazo até dia 20 de abril para ter resposta sobre o reajuste dos valores pagos aos profissionais.

“Se não for dada nenhuma resposta, infelizmente teremos que tomar uma medida drástica que será o descredenciamento do SUS. Dia 20, na sexta-feira, vamos de forma coletiva, deixar de atender e nenhuma cirurgia será feita em Maceió. Os pacientes terão que recorrer ao HGE, a Santa Mônica e ao Hospital Universitário”, disse Dário Braga, em entrevista ao Primeira Edição. 

“Nossa intenção não é prejudicar a população, mas infelizmente não estão dando valor a nossa reivindicação. Não tivemos resposta. O secretário Adeilson Loureiro até agora não apresentou proposta”, falou Braga. 

Procurado pela reportagem do Primeira Edição, o Secretário de Saúde de Maceió, Adeilson Loureiro, não foi encontrado para dar explicações sobre o assunto. Em Maceió, desde o início da greve, cerca de 3.500 cirurgias foram suspensas.

Ainda segundo Dário, o procurador Eduardo Tavares, disse no inicio desta semana, em reunião com representantes do s anestesistas, que vai convocar os gestores para dar explicações ao Ministério Público Estadual sobre o caso. “Na verdade, o Ministério Público vai pedir detalhes sobre a divergência nas explicações sobre os repasses dos valores para a cooperativa”, informou esperando que a mediação pelo Ministério Público possa dar fim ao impasse nas negociações.

A semana passada, o vereador Galba Novaes chegou a falar que vai chamar o secretário de Saúde de Maceió, Adeilson Loureiro, e o secretário de Saúde de Alagoas, Alexandre Toledo para participar de uma reunião com os vereadores a fim de chegar a uma solução.