Vereador quer nacionalizar debate sobre violência em Maceió

Ricardo Barbosa (PT) vai buscar apoio dos órgãos federais, visando redução da criminalidade em Maceió

11/04/2012 08:35

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Divulgação

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Durante a sessão de hoje (11) da Câmara Municipal de Maceió, o vereador Ricardo Barbosa (PT), declarou que pretende nacionalizar o debate a respeito da criminalidade na capital alagoana. Barbosa é presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga as causas de mortes de jovens em Maceió, conhecida como CEI da Violência.

Ele informou sobre os trabalhos que estão sendo realizados, juntamente com o advogado Pedro Montenegro, que presta consultoria à Comissão. "O objetivo da CEI é realizar várias audiências públicas a fim de ouvir setores da sociedade, especialistas da segurança, estudiosos, familiares das vítimas da violência e gestores da segurança pública. Queremos tirar alguns indicativos que possam dar subsídios no combate e redução dos índices da criminalidade em Maceió e no Estado", explicou Barbosa.

O vereador disse ainda que a finalidade também é nacionalizar essa discussão, para que o País saiba que Maceió está debatendo o assunto, com o intuito de achar soluções a curto, médio e longo prazo.

“Queremos atrair os olhos do Brasil para a realidade em que nos encontramos, sendo a cidade mais violenta da federação. Pretendemos, também, conseguir o apoio dos órgãos federais, no sentido de ajudar o Estado a reduzir a criminalidade em Alagoas”, frisou o Ricardo Barbosa.

Durante a ordem do dia, os vereadores aprovaram, por unanimidade, a proibição da reeleição da Mesa Diretora, na mesma legislatura.

Saúde Pública

O vereador Oscar de Melo (PP) utilizou a tribuna para falar sobre a saúde pública. Ele defendeu o atendimento dos postos de saúde do município, esclarecendo que muitos problemas existem por causa da falta de informação da população.

“O público procura e superlota algumas unidades que não são de suas regiões. No entanto, a saúde pública precisa melhorar e muito, já que a comunidade mais carente não tem condições de arcar com planos de saúde privados e depende do Sistema Único de Saúde”, colocou.

Em aparte, o vereador Théo Fortes (PTdoB) comungou da mesma opinião do vereador Oscar de Melo, quando debate a falta de planejamento das redes estadual e municipal de sáude, que provoca a falta de oportunidade da população mais carente para ser atendida. "Quando não se oportuniza o atendimento à saúde, o Estado passa a ser responsabilizado pela morte das pessoas nos leitos das unidades de urgência e emergência", salientou.

A vereadora Silvânia Barbosa (PPS) comentou que quem quiser saber o caos na saúde, "vá às 7 horas da manhã num posto do município do Estado ou município". A vereadora comentou ainda que é de praxe nos postos de sáude o diagnóstico de virose. 

"Os médicos observam os pacientes, e taxam que é virose, passam um soro e mandam para casa descansar. Em alguns casos, o problema é mais grave e a criança acaba morrendo por conta daquele diagnóstico genérico e superficial, o que acaba se configurando em negligência", afirmou Silvânia.

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