No próximo dia 26, o juiz Maurício Brêda ouvirá em audiência testemunhas e familiares do estudante, morto em 2009
Fran Ribeiro
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Em decisão publicada nesta quarta-feira (11), o juiz da 9ª Vara Criminal da Capital, Maurício Brêda, decidiu pronunciar dois acusados de autoria material na morte do estudante Fábio Acioli, ocorrido em agosto de 2009. Carlos Eduardo Souza e Wanderley do Nascimento Ferreira, que permanecem em prisão preventiva, serão levados a júri popular, ainda sem data definida para o julgamento.
Em continuidade a fase de instrução do processo, no dia 26 de abril está marcada uma nova audiência onde Brêda volta a ouvir testemunhas e familiares do de Fábio. Três empresários e um garçom estão na lista dos convocados.
Wanderley do Nascimento e Carlos Eduardo Souza foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio duplamente qualificado. Uma terceira pessoa, o servidor público Rafael Cícero de França, que chegou a ser preso sob suspeita de envolvimento no crime, não foi pronunciado na decisão. Para Brêda, a ligação dele no sequestro seguido de morte de Fábio, continua em investigação que corre sob segredo de Justiça.
Wanderley do Nascimento, de 55 anos, foi recapturado nesta segunda-feira (09) em São Paulo. O acusado fugiu em novembro do ano passado do presídio Cyridião Durval através de um buraco aberto na parede. Sua transferência para Alagoas já foi solicitada à Justiça paulistana.
Há quase três anos, no dia 11 de agosto de 2009, o estudante Fábio Acioli, de 21 anos, foi sequestrado por dois homens armados que o levaram de um bar localizado em Cruz das Almas até um canavial que fica no Complexo do Benedito Bentes. Além de ter sido espancado, o rapaz teve 90% do seu corpo queimado.
Agonizando, Fábio conseguiu pedir ajuda. Após dias internado em um hospital em Maceió, o jovem foi transferido para a unidade de queimado em um Hospital de Recife, porém não resistiu aos graves ferimentos e veio a falecer no dia 26 de agosto do mesmo ano.
Primeira Edição © 2011