A isolada e empobrecida Coreia do Norte disse nesta terça-feira que está pronta para ir adiante com o lançamento de um foguete de longo alcance, um anúncio que despertou condenação imediata da Coreia do Sul e da Rússia e um pedido de calma da China, sua maior aliada.

O lançamento do foguete Unha-3, que a Coreia do Norte diz ser meramente uma forma de lançar um satélite meteorológico no espaço, quebra sanções da ONU impostas para impedir que o governo norte-coreano desenvolvesse um míssil que pudesse carregar uma ogiva nuclear.

A Rússia, um ex-apoiador da Coreia do Norte que estimulou laços econômicos com Pyongyang, criticou o lançamento proposto.

"Consideramos a decisão de Pyongyang de conduzir o lançamento de um satélite uma desconsideração com as decisões do Conselho de Segurança da ONU", afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Alexander Lukashevich, de acordo com a agência de notícias estatal RIA.

A Coreia do Norte defende o lançamento como um direito de soberania.

O lançamento está planejado para ocorrer entre quinta-feira e a próxima segunda-feira, perto das comemorações do 100o aniversário do fundador do país, Kim Il-sung, cujo neto, Kim Jong-un, agora está no comando. Kim Il-sung morreu em 1994.

O Ocidente diz que o lançamento é um teste de míssil balístico do país, que abandonou as conversas sobre desarmamento entre seis nações há três anos.

A China, que apoia diplomática e economicamente a Coreia do Norte, reiterou seu pedido por calma e disse que "expressou repetidamente sua preocupação e ansiedade com os acontecimentos", disse o porta-voz da chancelaria chinesa Liu Weimin a repórteres em Pequim.

Companhias aéreas, incluindo a sul-corena Korean Air Lines, Philippine Airlines e Cebu Air Inc, reprogramaram rotas de seus voos para evitar o trajeto do foguete.