A Semana Santa dos cristãos neste ano encontrou o Pessach dos judeus, a Páscoa judaica. A Páscoa dos cristãos e dos judeus tem muitas semelhanças. As duas têm o mesmo significado de uma passagem, uma travessia, uma libertação; do escuro para a luz, da morte para a ressurreição. Sexta-Feira Santa não é dia de festa, mas de luto, pela morte de Jesus.
“Eu acho que é obrigação de católico ter esse respeito com Jesus”, opina a dona de casa Norma Campos.

Na casa de Norma e Mauro, 20 pessoas participam do jantar da Páscoa judaica. O osso é o símbolo do cordeiro sacrificado. O ovo, a fortuna que sempre pode mudar de lado. A Páscoa judaica é uma festa de esperança do fim da escravidão do povo judeu.
Na casa de dona Edna, de entrada, o mais simples: a salada e o arroz. Depois, o luxo do bacalhau.

Tradição de histórias muito antigas. “É um tempo de reflexão, de pensar mais no significado verdadeiro da Páscoa, que não é só comer chocolate, comer bacalhau”, aponta a assistente financeira Shirley de Paiva.

“Acho que a gente podia aproveitar essa feliz coincidência para celebrar isso como um símbolo de uma confraternização entre os povos, de uma aceitação entre as diferenças, e um exemplo para o resto da humanidade”, conclui a psicanalista Norma Semer.