Em Arapiraca, comunidade acadêmica se mobiliza contra insegurança

03/04/2012 05:11

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Divulgação

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O Campus Arapiraca da Universidade Federal de Alagoas está mobilizado nesta terça-feira (03) clamando por segurança. Professores, estudantes, técnicos-administrativos e gestores se encontram em assembleia a partir das 8h da manhã no pátio do Campus, com pauta única: retirada imediata do presídio. Segundo informações da representação do Campus, o Reitor Eurico Lobo sentaria nesta segunda-feira com o Governador.

Toda comunidade acadêmica mobilizada convoca para um grande ato público que será realizado na saída da assembleia, para levar à sociedade e autoridades competentes o reclame contra a situação de calamidade vivida no Campus. A tensão aumentou após os momentos de pânico vividos nesta segunda-feira (02) com a fuga de reeducandos armados do presídio Desembargador Luiz Oliveira e o tiroteio que atingiu a Ufal.

“A fuga de ontem foi a mais perigosa de todas as que já aconteceram, pois dessa vez foi feito um refém, baleado um transeunte e roubado uma van que faz o transporte dos professores que vem da capital”, desabafou o professor Cícero Adriano (Agronomia-Ufal). Ele ainda lembrou que uma fuga como esta já fez vítima fatal, quando no concurso do Ifal, uma grávida passou mal e perdeu o bebê, assustada com a presença na Universidade de reeducandos em fuga.

Os fugitivos de hoje entraram em confronto com a polícia e houve troca de tiros, atingindo uma sala do Campus. A van Ducato, mencionada pelo professor Adriano foi recuperada pelos agentes penitenciários com apoio da Rádio Patrulha (PM-AL) na tarde desta segunda-feira, em Craíbas. Já foram recapturados sete fugitivos e liberados dois reféns. Os outros oito reeducandos que fugiram pelo portão principal e pelos fundos do Campus continuam soltos.

Em nota, o Diretório Central dos Estudantes Quilombo dos Palmares (DCE-UFAL) comentou o episódio: “Há anos, os estudantes, professores e funcionários que compõem o campus Arapiraca, aproximadamente 2.800 pessoas, são vítimas da insegurança e da falta de respostas por parte do poder público na solução desse problema”. 

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