Mulher confessa ter envenenado doces no PR, diz polícia

Margarete foi presa na madrugada deste sábado e foi encontrada dormindo em seu carro em uma rua no centro de Barra Velha (SC)

01/04/2012 07:50

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Folha.com

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Margarete Aparecida Marcondes, 45, admitiu ter colocado veneno nos docinhos que foram enviados como amostra a uma adolescente em Curitiba. A informação foi dada pela Polícia Civil do Paraná. O objetivo da doceira seria fazer a adolescente passar mal e, com isso, adiar sua festa de 15 anos, marcada para o dia 15 de abril.

De acordo com o delegado Rubens Recalcatti, responsável pelo caso, a família da adolescente teria encomendado os doces a Margarete. Contudo, a doceira já havia gasto o valor pago como adiantamento e não teria dinheiro para atender o pedido.

Margarete foi presa na madrugada deste sábado. Ela foi encontrada dormindo em seu carro em uma rua no centro de Barra Velha (SC), por volta das 3h, e levada para a delegacia de Joinville. De lá, seguiu para Curitiba, onde prestou depoimento na tarde deste sábado.

A doceira era procurada desde o dia 22 de março, quando policiais estiveram em sua casa e encontraram o local revirado e com marcas de sangue.

O marido dela, que estava no local, tinha marcas de espancamento. Ele está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de um hospital de Joinville e ainda não foi ouvido. Seu estado é considerado grave.

Segundo o delegado, Margarete admitiu ser a responsável pelo espancamento do marido. Ainda de acordo com a polícia, a doceira parece ter algum distúrbio psicológico.

Os brigadeiros foram entregues por um taxista à menina no dia 12 de março. A jovem dividiu os docinhos com três amigos. Todos passaram mal e chegaram a ser internados.

Um laudo apontou que os doces continham um inseticida chamado Terbufos.

Margarete, que era amiga da família da adolescente, foi identificada após imagens de uma câmera de segurança de um shopping de Curitiba mostrarem o momento em que ela deixava um ponto de táxi logo após entregar a caixa para um dos motoristas. O taxista contou à polícia que recebeu R$ 16 para fazer a entrega na casa da menina.

A doceira está presa e à disposição da Justiça na carceragem feminina do Centro de Triagem I, em Curitiba.

Primeira Edição © 2011