A França proibiu a entrada em seu território de quatro clérigos muçulmanos, anunciaram os ministérios do Interior e das Relações Exteriores.

"Por demanda do presidente da República, Nicolas Sarkozy, o governo decidiu proibir a entrada no território francês de quatro personalidades estrangeiras convidadas ao congresso da União de Organizações Islâmicas da França (UOIF, ligada à Irmandade Muçulmana), que acontecerá em Le Bourget (norte de Paris) de 6 a 9 de abril de 2012", afirma um comunicado.

Os quatro homens vetados se unem aos religiosos Yussef Qaradaoui e Mahmoud Al Masri, que oficialmente "desistiram" da viagem depois de terem sido convidados ao congresso, segundo os ministérios, que lamentaram o convite feito pela UOIF ao intelectual suíço Tariq Ramadan.

O veto ocorre uma semana após a morte de Mohamed Merah, um jihadista acusado de matar sete pessoas em três ataques terroristas na região de Toulouse, no sul do país.

Em campanha pela reeleição, Sarkozy havia anunciado normas mais duras contra o terror na França.

Argélia

Autoridades argelinas se recusaram a permitir que o corpo do atirador fosse enterrado lá, como havia pedido o pai do homem, afirmou uma autoridade de uma mesquita francesa nesta quinta-feira.

Mohamed Merah, franco-argelino, será então enterrado em Toulouse, disse à Reuters Abdallah Zekri.

Zekri, um assessor do reitor da Grande Mesquita de Paris que estava em Toulouse organizando os preparativos para o funeral, disse que o prefeito do vilarejo argelino de Bezzaz, onde o pai de Merah queria que ele fosse enterrado, rejeitou o pedido por questões de segurança.

"O prefeito de Bezzaz deu uma resposta negativa", afirmou. "Ele deverá ser enterrado dentro de 24 horas, provavelmente na região de Toulouse, mas será estritamente privado."

O corpo de Merah está atualmente em um necrotério de Toulouse e promotores estão investigando o seu irmão mais velho, Abdelkader, por possível cumplicidade no caso.