Sem trabalhar com prazos, Nonô recebe comissão de professores da Uncisal

Comissão de professores e estudantes apresentaram as pautas de reivindicação, mas o governador em exercício não apresentou propostas concretas

28/03/2012 15:00

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Fran Ribeiro

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Em mais de uma hora e meia de reunião a portas fechadas, o governador em exercício José Thomaz Nonô (DEM) recebeu na tarde desta quarta-feira (28) uma comissão de professores e estudantes da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) para tentar chegar a um acordo para o fim da greve da instituição pública.

Esse foi o primeiro contato do Governo com os grevistas, que apresentaram as pautas de reivindicação. De acordo com o presidente da Associação de Professores da Uncisal, André Falcão, a reunião foi para “situar” o Executivo acerca das problemáticas reclamadas pelos manifestantes.

“Foi uma conversa positivo. Ele [Nonô] se mostrou sensibilizado com as nossas reclamações, mas não trabalhou com respostas ou soluções concretas, nem mesmo com prazos”, disse o ex-reitor da Uncisal. Ainda segundo Falcão, as três prioridades do movimento grevista – reajuste salarial dos professores, a realização de um concurso público, e a destinação de verba específica para a instituição – foram apresentadas e Nonô se comprometeu a apresentá-las ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) assim que o mesmo retorne às atividades a frente do Executivo estadual. “Vamos ver a disposição do caixa do Estado para atender as reivindicações. O governador não tem apenas a Uncisal, mas sim todo um conjunto do funcionalismo público”, declarou.

Sobre o reajuste salarial dos professores da instituição, o representante do governo respondeu positivamente, mas não garantiu nem quando e nem o valor a ser trabalhado. “As reivindicações dos professores e dos estudantes tem que se adequar à realidade econômica do Estado”, declarou Thomaz Nonô. Sobre a realização do concurso público para a contratação de docentes para a Uncisal, de acordo com o estudante Emerson Padilha, seria o ponto mais difícil de negociação devido à lei de responsabilidade fiscal.

“O importante é que o canal de diálogo foi aberto. Agora vamos levar o que foi debatido aqui para o conjunto da mobilização”, disse Falcão. Uma nova audiência, dessa vez diretamente com Teo deverá ser realizada, mas ainda sem uma data prevista.
O balanço da reunião será apresentado à classe estudantil e aos professores que estão em greve há quase uma semana, na próxima assembleia geral, que está prevista para acontecer na próxima terça-feira (03), quando será decidido os próximos passos da paralisação.

Até lá, as atividades de mobilização marcadas pelo movimento terão continuidade, a exemplo do ato marcado para esta quinta-feira (29). Estudantes e professores sairão em passeata da sede da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) até o Palácio República dos Palmares, percorrendo as principais vias do Centro da capital, para chamar a atenção da sociedade sobre os problemas enfrentados pela Uncisal.
 

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