Milan e Barça fazem jogo duro e empatam por 0 a 0

Clube catalão cria melhores chances, mas esbarra na força defensiva rival

28/03/2012 14:54

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GLOBOESPORTE.COM

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Para quem esperava gols de Ibrahimovic ou show de Messi no duelo entre Milan e Barcelona nesta quarta-feira, decepção. Em partida amarrada e bastante pegada no estádio San Siro, principalmente no segundo tempo, italianos e espanhóis ficaram no 0 a 0 no jogo de ida pelas quartas de final da Liga dos Campeões e deixam a eliminatória aberta.

O Barça, que dominou a maior parte do confronto, precisa vencer os rossoneri no Camp Nou, na próxima terça-feira, para avançar às semis. O mesmo vale para o time da Velha Bota, que, mesmo sem Thiago Silva, foi forte na defesa e segurou o ímpeto rival. Se arrancar um novo empate na volta, mas com gols – como conseguiu na atual fase de grupos (2 a 2) -, os rossoneri passam de fase.

Com Robinho e Ibrahimovic formando a dupla de ataque, o Milan começou em cima do Barcelona , que tinha os desfalques dos laterais-esquerdos Adriano e Abidal (Puyol jogou improvisado no seto, com Mascherano deslocado para zaga). E logo aos dois minutos, essa pressão sobre a defesa catalã surtiu efeito. Seedorf roubou a bola, tocou para Robinho que passou para Ibrahimovic chutar sobre a zaga. No rebote, o ex-atacante do Santos, sozinho na pequena área, foi querer bater de primeira e mandou na arquibancada.

A resposta do Barça não demorou. Aos cinco, Messi bateu falta errado e escorregou. Mas craque é craque. Mesmo errando, a bola sobrou à feição de Keita que acabou desperdiçando boa chance.

Aos nove, Xavi achou Messi na esquerda. O argentino bateu rasteiro, e Abbiati deu rebote que, por pouco, não se transformou no primeiro gol culé por intermédio de Daniel Alves.

Os dois lances abalaram um pouco o Milan, que recuou e passou a ver o Barça destilar seu conhecido toque de bola. E, de pé em pé, os espanhóis ficaram próximos de abrir o marcador. Aos 15, após cobrança de falta ensaiada, a bola sobrou para Sánchez na pequena área. Ao tentar tirar de Abbiati, o chileno acabou derrubado. Pênalti? Não para o árbitro sueco Jonas Eriksson, que deu tiro de meta para desespero de Pep Guardiola no banco de reservas.

Entrincheirado, o Milan, que não contou com Thiago Silva e Alexandre Pato (ambos lesionados), conseguiu voltar a passar do meio de campo somente aos 19. Seedorf deu lindo passe para Ibrahimovic no meio da zaga culé. O sueco dominou com estilo, mas, na hora do arremate, bateu em cima de Valdés.

Depois do susto, o Barça voltou a encurralar o Milan que parecia um time visitante em pleno San Siro – ainda mais pelo fato de jogar com sua segunda camisa (branca). Apesar das inúmeras tabelinhas, da posse de bola elevada (em média, 65%) e dos quase dez chutes ao gol – todos com muito ou relativo perigo -, o time de Messi, Iniesta e companhia saiu para o intervalo sem conseguir furar a meta de Abbiati.

Na volta para o segundo tempo, o Milan buscou valorizar mais a posse de bola e assim diminuir um pouco o ritmo intenso do rival. Com o jogo mais amarrado, até Messi deu uma de brucutu e fez falta feia em Seedorf. No entanto, nada de amarelo para o jogador.

Quem também recebeu pancada de argentino foi Robinho. O camisa 70 rossonero levou um pisão de Mascherano, que não foi advertido, e acabou tendo de ser substituído pelo jovem El Shaarawy, de apenas 19 anos, aos seis.

O veterano Nesta devolveu com juros e correção monetária as bordoadas dos hermanos e, aos 12, acertou uma tesoura voadora em Messi na entrada da área. Amarelo merecido para o defensor italiano.

Aos 20, vendo que precisava ser um pouco mais incisivo, o técnico Pep Guardiola sacou o medalhão Iniesta, que pouco produziu na partida, e colocou o jovem atacante Tello aberto na ponta esquerda. Logo em seguida, Allegri mudou o time do Milan novamente, trocando Boateng por Robinho, ou melhor, Emanuelson, meia holandês que é muito parecido com o brasileiro.

As mudanças não mudaram muito a cara do jogo, que seguiu amarrado. Somente aos 26 saiu o primeiro lance de perigo. Tello recebeu na entrada da área pelo lado direito da defesa rossonera, driblou um marcador e chutou na rede pelo lado de fora.

O lance empolgou o Barcelona que, já com Pedro na vaga de Sánchez, passou a pressionar mais o Milan. Aos 32, após cobrança de escanteio, Puyol apareceu como um raio na marca do pênalti e, de peixinho, cabeceou rente à trave.

Nos minutos finais, o Milan conteve o ímpeto catalão e saiu, de certa forma, comemorando o resultado. Afinal, conseguiu não levar gol do adversário que havia marcado nas oito partidas que disputara na atual fase da Champions. Na verdade, o Barcelona não passava em branco no torneio continental desde 4 novembro de 2009, quando ficou no 0 a 0 diante do Rubin Kazan.

 

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