Edmundo marca duas e Vasco goleia Barcelona de Guayaquil por 9 a 1

Craque veste camisa 10 e braçadeira de capitão, faz golaço, repete comemoração de 1997 e se emociona diante de mais de 21 mil vascaínos

28/03/2012 20:26

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GLOBOESPORTE.COM

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Craque, veloz, polêmico, goleador, habilidoso, ídolo. Animal. Em 17 anos de carreira, Edmundo marcou seu nome na história do futebol brasileiro e especificamente do Vasco. Faltava apenas uma festa de despedida. Na noite desta quarta-feira, 21.247 torcedores presenciaram esse ritual e abriram seus braços em São Januário para receber o craque pela última vez em uma partida. E ele, vestindo a camisa 10, retribuiu a presença da torcida com dois gols, belos passes, dribles, agradecimentos e lágrimas. Os companheiros também contribuíram para a festa, aplicando uma goleada marcante por 9 a 1 sobre os equatorianos do Barcelona de Guayaquil, em reedição da final da Libertadores de 1998 - na qual Edmundo não esteve presente, num motivo de lamento até hoje, tanto para ele quanto para os vascaínos.

Revelado pelo Vasco e aposentado desde o fim de 2008, Edmundo teve cinco passagens por São Januário. Principal nome do título brasileiro de 1997, ele disputou ao todo 241 partidas e marcou 137 gols, já contando com o jogo de despedida. A reverência dos torcedores ao ídolo fez com que nesta quarta o público pagante (16.021) fosse maior do que em qualquer jogo da Libertadores.

E a entrega em campo do camisa 10, hoje com 40 anos, foi tamanha que os torcedores pediram até o seu retorno, com gritos de "Volta, Edmundo" e "Fica, Edmundo". O craque fez lembrar seus áureos tempos em alguns momentos. Em seu segundo gol, mostrou categoria e visão de jogo ao iniciar o lance, num belo lançamento para Fagner. Completou o cruzamento de primeira e comemorou da mesma maneira que na fase semifinal do Campeonato Brasileiro de 1997, quando o Vasco eliminou o Flamengo: agitando os braços no alto e rebolando. Antes, já havia marcado de pênalti, numa falta em Thiago Feltri fora da área.

- Precisava disso na minha vida. Acho que estou fechando minha carreira com chave de ouro - disse Edmundo, no intervalo, momentos antes de jogar sua camisa em direção à arquibancada.

O ponto final da participação de Edmundo veio aos 40 minutos do segundo tempo. Com o hino vascaíno sendo tocado pelo sistema de som de São Januário, ele passou a braçadeira de capitão para Felipe, recebeu a bola do jogo e foi substituído por Wiliam Barbio.

Emocionou-se e saudou a torcida nas cadeiras sociais, agradecendo:

- Muito obrigado, do fundo do meu coração.

 

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