V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação será relevante para o futuro de agências e veículos de comunicação

27/03/2012 14:31

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Assessoria

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Os grandes temas da comunicação no Brasil serão abordados no V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação – realizado pela ABAP com apoio das 37 entidades que integram o ForCom – Fórum Permanente da Indústria da Comunicação. O evento acontece de 28 a 30 de maio, no WTC, em São Paulo.

A abertura do Congresso será realizada pelo Prêmio Nobel da Paz, arcebispo sul-africano Desmond Tutu. De acordo com o presidente da ABAP-AL, Hermann Fernandes, o evento objetiva a integração das diversas disciplinas de comunicação, debater a evolução da governança da nossa indústria e a incorporação de novas plataformas de mídia.

“Poder reunir todos os integrantes deste mercado tem sido a tônica dos Congressos já realizados. Desta vez vamos também discutir sobre a privacidade, a customização, a potencialização de novos formatos com a realização de grandes eventos”, explica Fernandes.

É importante lembrar que as edições anteriores do Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação sempre foram responsáveis por mudanças importantes para o setor, como a criação IVC, do Conar e por último, a criação da Lei 12.232 que rege as concorrências públicas para a contratação de agências de publicidade, e que nasceu justamente no último congresso realizado em 2008. Abaixo, seguem os 13 temas que serão amplamente debatidos no V Congresso.

1) O futuro da profissão – Com todas as revoluções pelas quais vem passando a comunicação, que tipo de perfil precisarão ter os profissionais dos próximos anos. Como as principais escolas de comunicação do mundo estão preparando seus alunos para o mercado. Uma pesquisa global entre escolas de comunicação será produzida pela ESPM. As opiniões de professores de grandes escolas globais de comunicação.

2) As empresas de comunicação brasileiras, o mercado global e a marca Brasil - Na era da globalização, quais as oportunidades de internacionalização das empresas brasileiras de comunicação. O Brasil tem excelência em diversas áreas da comunicação, com empresas de todos os portes e profissionais de todos os segmentos. Que oportunidades têm estas empresas e profissionais para conquistar o mercado internacional. E quais as barreiras para que isso se torne realidade.

3) Comunicação, crescimento econômico e desenvolvimento humano - A contribuição da Indústria da Comunicação ao crescimento econômico, desenvolvimento e inclusão social. Estamos cumprindo nosso papel? A indústria da comunicação e os entraves ao desenvolvimento: corrupção, burocracia, carga tributária.

4) Liberdade de expressão e democracia – A intimidade desta relação e a dependência que uma parte tem da outra. O Estado-Babá e a proteção aos leitores, telespectadores, ouvintes e consumidores. Regulação, tutela e educação. O direito de informar e o direito à informação. Os riscos e as ameaças à liberdade de expressão plena. Legislação, regulação e independência editorial. Sociedade de consumo e consumo consciente. Consumo e desenvolvimento. O papel da educação no “bom arbítrio”. Educação versus Tutela.

5) Comunicação one-to-one: personalização versus privacidade – As novas tecnologias e as novas técnicas de comunicação personalizada. E os limites dela. Até onde a tecnologia pode personificar a comunicação. E até onde o consumidor quer ser identificado. As ferramentas de captação de informações sobre consumidores e seus hábitos, o uso mercadológico destas informações e, em contrapartida, a ética e o direito à privacidade.

6) As novas tecnologias e as novas fronteiras da mídia – Uma nova definição de mídia. As novas tecnologias, as novas alternativas e até que ponto elas irão revolucionar o modelo atual de comunicação. Mais do que um cenário repleto de novas mídias, estamos vivendo um cenário de redefinição do que é mídia. De quanto será o mercado em 2014 ou 2016. Como planejar com tantas novas alternativas. O consumo de mídia e as novas gerações. Como a indústria da comunicação deve se preparar para os novos desafios impostos pela expansão do conceito de mídia. E como se aproveitar deles para melhor cumprir seu papel.

7) Sustentabilidade e comunicação – O painel será três discussões: Consciência e Prática (Consciência plena do sentido amplo de sustentabilidade. Sintonia entre consciência e prática. Relações de negócios visando a longevidade de fornecedores, parceiros e clientes. Política de espremer um fornecedor com práticas comerciais leoninas, imprimir carão de visita em papel reciclado e se anunciar como “empresa amiga da sustentabilidade”); Sociedade de Consumo e Sociedade Sustentável (A comunicação é a ferramenta do consumo. Mas de consumo sustentável. Consciente); e Contribuições da comunicação para que o país se torne referência em sustentabilidade (O que cada setor da indústria da comunicação deve fazer par cumprir sua parte e como pode influenciar a sociedade como um todo a adotar comportamentos em favor da sustentabilidade).

8 ) Criatividade e sucesso – Comunicação, criatividade e sucesso: como estreitar esta relação e torná-la evidente. A indústria da comunicação é a indústria da criatividade e da inovação? Pode ser mais? Como a nossa criatividade pode contribuir para o nosso sucesso e para o sucesso dos nossos parceiros de negócios, clientes e consumidores. E como evidenciar a relação criatividade / sucesso em benefício da expansão da indústria.

9) O consumidor com a palavra – As redes sociais deram voz ao consumidor. O SAC, uma conquista recente dos consumidores, será substituído pelas redes sociais, sobre as quais ninguém tem controle? Como entender o consumidor neste novo cenário, em que todos falam mesmo sem serem chamados a falar.

10) Propriedade intelectual, legislação e ética – Como a indústria da criatividade deve valorizar e proteger seu ativo de maior valor: a ideia. A importância e a contribuição das ideias na geração de riquezas. Legislação: como é hoje e o que precisa ser feito. Como o assunto é tratado em outros países.

11) Novos caminhos para criar e fortalecer marcas – A fragmentação da mídia, a exigência de novas competências para acertar o consumidor-alvo e a relevância atual e futura dos novos formatos de comunicação. Como atingir o consumidor num cenário de mudanças no consumo de mídia e no comportamento dos consumidores. Os novos formatos serão capazes de criar e fortalecer marcas, gerar preferência e conquistar a fidelidade do consumidor?

12) Regionalização – A força e a importância do “regional” num mundo globalizado. O desenvolvimento da indústria da comunicação nos mercados regionais. Conteúdo e cultura nacional. As oportunidades regionais em um País que cresce. Se o trabalho “não é mais um lugar”, como incentivar o surgimento e o desenvolvimento de empresas e talentos em qualquer parte do Brasil?

13) Grandes eventos: desafios e oportunidades – Além da Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016, o destaque que o Brasil passa a ocupar no cenário global deverá atrair cada vez mais grandes eventos ao país. Como a indústria da comunicação deve se preparar para enfrentar os desafios técnicos e de legislação. E como aproveitar as oportunidades que os grandes eventos trarão ao setor. 

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