Associação de Cabos e Soldados Militares busca soluções para a categoria
Marigleide Moura
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A Polícia Civil que investiga a morte do soldado militar Walter Sá Carvalho, 32 anos, dentro de um micro-ônibus na manhã desta quinta-feira, 15, em Atalaia, já tem suspeitos do crime. Conforme apurou o Primeira Edição, a polícia já sabe que o assassinato teria sido praticado por um bando que vem agindo na região de Atalaia e cidades vizinhas.
Um agente da Delegacia de Polícia de Atalaia, disse em entrevista que entre os suspeitos pela brutal execução está um menor de idade e outros dois adultos conhecidos como ‘Alan’ e ‘Betinho’. Os acusados estão foragidos, mas podem ser pegos a qualquer momento.
O crime abalou a população e tem provocado discussões sobre a segurança dos militares e dos passageiros que circulam em transportes intermunicipais. Na manhã de hoje, 19, o Cabo BM Rogers Tenório, vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados de Alagoas (ACS), revelou ao Primeira Edição que no ano passado, diversos ofícios foram enviados aos sindicatos informando sobre o risco de morte que correm passageiros, motoristas, cobradores e o militar ao ter que viajar fardado em vans.
Rogers explica que a ACS, por meio de ofícios, pediu a garantia de concessão da passagem para o militar não-fardado. “Quando um bandido, um assaltante entra no veículo, ele quer atirar no militar fardado, mas muitas vezes atira aleatoriamente e pode atingir qualquer pessoa dentro do transporte”, diz.
Ainda segundo o militar, a ACS enviou ofícios solicitando a concessão para Sindicato dos Transportes Complementares de Passageiros de Alagoas (SINTRANCOMP/AL), Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Alagoas (Arsal), Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de Alagoas (SINTRAN) e Sindicato dos Rodoviários em Alagoas.
Contudo, somente o SINTRANCOMP/AL, publicou uma autorização de concessão para os militares viajarem, sem uniforme, no entanto, alguns proprietários de vans não aderiram e a situação continua a mesma, revelou o vice-presidente da ACS.
O clima de medo continua
Rogers disse ainda que o clima de tensão permanece entre os militares após a morte de Walter. Segundo o vice-presidente, alguns policiais e bombeiros já informaram que estão procurando o Instituto de Identificação, órgão da Secretaria de Defesa Social, para resgatar a identidade civil.
“Os militares estão com medo de usar a identidade militar, de se identificar. A situação é muita séria. O militar que estava no micro-ônibus, na hora da morte do Walter, jogou a identidade pela janela na hora do crime”, contou.
Apelo
“Agora, a entidade faz um apelo ao Governo do Estado, ao poder Legislativo para que alguém tome alguma providência sobre o assunto. Que seja criada uma legislação, um decreto. O militar não tem como arcar com a despesa da passagem do próprio bolso e andar a paisana, quando faz viagem intermunicipal”, revelou Rogers.
Ainda segundo o cabo BM Rogers Tenório, a Associação de Cabos e Soldados de Alagoas está tentando agendar uma reunião com a Arsal esta semana para discutir o assunto.
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