Ontem à noite, ele se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, para tentar conter a crise entre Congresso e governo.

A alíquota sobre o faturamento das empresas que tiverem desoneração da folha de pagamento poderá cair dos atuais 1,5% para 1%.

15/03/2012 15:20

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Folha

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Os setores têxtil e de móveis acreditam que até o fim de março o Ministério da Fazenda deve anunciar uma medida para desonerar a folha de pagamentos para estas indústrias. A ideia é substituir a cobrança de contribuição previdenciária de 20% sobre o salário dos funcionários por um tributo sobre o faturamento das empresas. A alíquota sobre o faturamento das empresas que tiverem desoneração da folha de pagamento poderá cair dos atuais 1,5% para 1%.

A desoneração foi discutida nesta quinta-feira (15) entre os representantes das empresas e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo o presidente da Abimóvel (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), José Diaz Fernandez, a diminuição da alíquota para 1% já atende as reivindicações do setor de móveis, aumentando assim a competitividade no mercado interno e externo.

"A alíquota atual é 1,5 por cento e o governo sinalizou algo como 1 por cento. Conversaremos novamente com o setor para flexibilizarmos nossa proposta de 0,8 para 1 por cento. Com isso, cada um cede um pouco. Isso é plausível", afirmou o dirigente.

O setor têxtil, apesar de manter a reivindicação de redução da alíquota para 0,8%, também está disposto a negociar com o governo, segundo declarou o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), Agnaldo Diniz Filho.

"Vemos a tendência de redução da alíquota de 1,5% sobre o faturamento que vigora atualmente. Pedimos 0,8%, mas o valor ainda não foi definido. Vejo uma preocupação clara do governo com as importações. Caso a redução da alíquota aconteça, o setor têxtil pode participar do programa [de desoneração da folha de pagamentos]. Isso poderia nos dar mais competitividade frente aos produtos da China", afirmou Diniz Filho.

A desoneração sobre a folha de pagamento foi anunciada no ano passado, junto com o plano Brasil Maior. A medida zerou a alíquota de 20% de contribuição patronal para a Previdência e, em troca, instituiu que as empresas pagassem o equivalente a 1,5% ou 2,5% (dependendo do setor) sobre o faturamento bruto.

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