A vereadora Tereza Nelma foi internada na manhã desta terça-feira no Hospital Osvaldo Cruz, em São Paulo, para extrair um nódulo no pâncreas. Tereza, que solicitou à Câmara de Vereadores de Maceió licença de 30 dias para tratamento de saúde, por orientação médica, enfrentou, há um ano, no mesmo hospital, um câncer na região do reto, do qual está curada. A UNIMED recusou-se, até agora, a assumir até um simples exame de sangue no tratamento de Tereza, tal como fez no ano passado.

“Este novo nódulo não tem nenhuma relação com o primeiro, nem se trata de metástese”, informa Tereza. Foi detectado por um exame PET SCAN, de medicina nuclear, para controle do tratamento anterior. Este exame não é realizado em Alagoas. Após, uma ressonância específica confirmou a existência de um nódulo de 9 mm no pâncreas, que tem que ser removido por cirurgia.

“Venci o primeiro nódulo e vou encontrar forças para superar essa nova provação. Meu médico acha que existem grandes possibilidades de que este seja benigno, mas tem que ser retirado. Quero voltar logo para continuar meu trabalho pelas pessoas que mais precisam, como faço há quase 30 anos”, afirma Tereza.

Plano de saúde nega tratamento

No tratamento do câncer de Tereza Nelma, no ano passado, a UNIMED negou o pagamento de até mesmo um simples exame de sangue, alegando “alto custo”. Agora, mantém a mesma atitude. Foi preciso uma liminar de uma juíza para que a UNIMED assumisse o PET SCAN, que uma consultoria de São Paulo, terceirizada pelo plano de saúde, considerava “desnecessário” – apesar da declaração do médico que cuida
de Tereza ter informado que o exame era “imprescindível para a continuidade do tratamento”.

A UNIMED Paulistana, que pelo sistema de intercâmbio deve cuidar do tratamento de Tereza em São Paulo, novamente negou autorização para qualquer tipo de tratamento. Recusou-se, inclusive, a receber a informação escrita do médico que irá operar a vereadora, Dr. Joaquim Gama, um dos mais conceituados do país.

“No contato pessoal que tive com a UNIMED PAULISTANA ela recusou-se até a informar que se recusava a receber a correspondência, ou a declarar que eu estava procurando seus serviços. A funcionária, num péssimo tratamento, disse que não daria nenhuma informação escrita, nem acesso à informação que estava incluindo no sistema informatizado. É um desrespeito total e ilegal, uma humilhação, não se importam em
nada com nossa fragilidade emocional numa situação dessas”, afirma Tereza Nelma.

“Não tenho outra alternativa. Vou ingressar com outra ação contra a UNIMED. A atitude dos planos de saúde é cada vez pior. Pagamos o plano em dia, eles usam nossos recursos para patrocinar festinhas e até times profissionais de futebol, mas quando necessitamos de seus serviços eles recusam o tratamento, procurando adiá-lo, sem se
importar com a vida”, afirma Tereza.

Tereza informa, ainda, que não está sendo gasto com seu tratamento “um centavo sequer de recurso público. No ano passado recebi a solidariedade material de 11 vereadores e do Prefeito de Maceió, além de milhares de manifestações de fé e apoio. As orações e as mensagens continuam a me dar força. Na parte material, eu e meu marido continuaremos a enfrentar essa difícil situação. Mas não vamos desistir. Manteremos todos informados, pois precisamos combater a carga negativa que essa doença ainda representa na sociedade”, conclui Tereza.

Por divulgação.