Municípios participam de oficina de atualização sobre vigilância do óbito

Primeira etapa da atividade aconteceu nesta terça-feira (13), com técnicos de 14 cidades prioritárias; evento é ministrado por consultor do Unicef

13/03/2012 12:19

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Assessoria

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Com o objetivo de capacitar técnicos de 14 municípios prioritários para a redução da mortalidade materno-infantil, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou, nesta terça-feira (13), a primeira etapa da oficina de atualização em vigilância do óbito. A atividade, que acontece no Hotel Ritz Lagoa da Anta, prossegue nesta quarta (14) com outras 12 cidades.

A capacitação é ministrada pelo médico do Instituto de Medicina Integral de Pernambuco (Imip/PE) e consultor do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) Paulo Frias. A ideia é atualizar coordenadores de Vigilância Epidemiológica e de Atenção Básica e médicos quanto à importância da análise das fichas síntese de investigação de óbitos.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Sandra Canuto, a ação pretende aprimorar o trabalho realizado pelas administrações municipais. “Esse momento tem a finalidade de possibilitar que trabalhemos de forma mais eficaz, melhorando a vigilância, além de ser uma oportunidade de mostrarmos os indicadores de cada cidade e onde é preciso melhorar”, disse.

Ela destacou ainda os bons resultados alcançados na redução das mortalidades materna e infantil. “Nos últimos anos, conseguimos reduzir a mortalidade. As mortes maternas caíram 21% de 2010 para 2011. Também já não somos mais os primeiros no ranking da mortalidade infantil. Pela pesquisa do Ministério da Saúde e da Fiocruz, Alagoas agora é o 11º nesse ranking”, acrescentou.

A oficina conta com apresentações da estrutura e organização dos serviços de Saúde dentro do novo modelo de regionalização e da situação da mortalidade de gestantes, recém-nascidos e crianças em Alagoas. Além disso, também serão discutidas a classificação da evitabilidade dos falecimentos e as recomendações e medidas de prevenção.

Neste primeiro momento, participaram as cidades consideradas prioritárias para a diminuição dos índices. São elas Arapiraca, Atalaia, Coruripe, Delmiro Gouveia, Joaquim Gomes, Maceió, Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Penedo, Rio Largo, Santana do Ipanema, São Luiz do Quitunde, Teotônio Vilela e União dos Palmares.

De acordo com o consultor da Unicef, a ação visou instrumentalizar os profissionais dessas localidades na identificação e correção de possíveis falhas. “A finalidade é que eles identifiquem os problemas, onde eles estão errando com relação à mortalidade, e que, a partir daí, possam corrigi-los. Esse trabalho é parte dos projetos do Alagoas Tem Pressa”, expôs Paulo Frias.

Ele ressaltou também as ações desenvolvidas pelo Estado. ”Já trabalhamos com Alagoas há algum tempo e tivemos muitos avanços a partir de 2008, quando foram criados os grupos técnicos municipais, que trabalham em conjunto com o governo estadual. Todos os índices positivos de Alagoas são resultado desse trabalho da Sesau, que vem estimulando os municípios”, disse.

A enfermeira Giselle Aparecida Ramos, de Delmiro Gouveia, ressalta a importância desse trabalho e da realização de atividades como a oficina. “Elas são fundamentais para que possamos saber se estamos trabalhando de maneira correta e como o Estado e o município preconizam. Para podermos melhorar, precisamos saber desses dados”, disse ela.

A atualização prossegue nesta quarta-feira, das 8h às 17h, com 12 cidades selecionadas pela Secretaria de Saúde: Anadia, Campo Alegre, Girau do Ponciano, Inhapi, Maragogi, Matriz do Camaragibe, Murici, Pilar, São José da Laje, São José da Tapera e São Miguel dos Campos. 

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