Anestesistas de Alagoas entram em greve por tempo indeterminado

A categoria quer reajuste na remuneração dos serviços, que não ocorre há 15 anos

13/03/2012 14:30

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Fran Ribeiro

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Sem reajuste há pelo menos 15 anos e sem respostas concretas do Governo do Estado e da Secretaria Municipal de Saúde, os cerca de 100 anestesistas que atuam em Alagoas decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (14).

A paralisação atingirá principalmente a capital, Maceió, onde apenas 30% dos serviços serão realizados. Com isso, os procedimentos no Hospital Geral do Estado, Hospital Universitário, Maternidade Santa Mônica, Hospital do Açúcar e clínicas que possuem terminal cirúrgico terão seus atendimentos prejudicados.

De acordo com os dados divulgados pela Cooperativa dos Anestesistas de Alagoas (Coopanest/AL), no estado existem apenas 100 profissionais trabalhando, quando o ideal para o atendimento da população seria a média de 250 profissionais. A falta de médicos anestesistas trabalhando no estado, segundo a Coopanest, se dá pela falta de reajuste na remuneração e a falta de valorização. Aqui, o profissional recebe o pagamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com valores que chegam a apenas 10% dos valores pagos em outros estados do Nordeste.

Além do Ministério da Saúde, o pagamento deveria ser feito pelas secretarias municipais e Estadual de Saúde, mas nem o Executivo Municipal nem o Estadual se mostraram abertos a negociação. De acordo com a Cooperativa, as tentativas de negociação se arrastam desde o segundo semestre do ano passado, porém, sem resposta.

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