Aumenta número de mulheres assassinadas em 2012, aponta relatório

Conselho de Direitos Humanos apresentou relatório com dados nesta terça

06/03/2012 10:15

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Redação

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Vinte e uma mulheres foram assassinadas nos dois primeiros meses de 2012 em Alagoas. O número foi divulgado pelo presidente do Conselho de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), Gilberto Irineu, na manhã desta terça-feira (06).

De acordo com o relatório de homicídios praticados contra mulheres, em 2011, nos meses de janeiro e fevereiro, 16 mulheres foram mortas; no total, 161 assassinatos foram contabilizados no ano todo. Destes, 101 foram cometidos com uso de arma de fogo, 28 por arma branca, 13 a pauladas, pedradas, socos e pontapés e 10 com esganaduras e estrangulamentos. Outros nove corpos foram encontrados, mas as causas não foram identificadas.

Os dados foram fornecidos à OAB/AL pela Polícia Civil e pelo Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods) da Polícia Militar. O levantamento contém o registro detalhado da morte de cada vítima como, por exemplo, onde, como e quando aconteceu o assassinato, além de informar o tipo de objeto que foi utilizado no crime.

O relatório mostra ainda o ranking das cidades do Estado com alto número de assassinatos contra mulheres, bem como dos bairros de Maceió com o maior índice de mortes contra a população feminina. Dos 161 homicídios, 61 foram cometidos em Maceió enquanto os demais, no interior do Estado. As cidades com mais mortes foram Arapiraca (15), Penedo e Pilar com cinco cada uma e Marechal Deodoro (06). Os bairros considerados mais críticos foram Tabuleiro do Martins - que engloba Clima Bom, Village de Campestre, Cidade Universitária e Santa Lúcia -, Benedito Bentes, Trapiche e Feitosa.

De acordo com Irineu, o levantamento tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade e dos representantes da segurança pública estadual para o aumento no índice de violência contra mulheres e os casos de desova. “É preciso repensar as políticas públicas. Temos de agir, desde as grotas até os bairros nobres, combatendo este tipo de crime”, enfatizou ele.

Também participaram da apresentação do relatório representantes da Polícia Militar de Alagoas, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Secretaria Municipal de Ação Social, do Conselho Tutelar, da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), da Pastoral da Criança da Igreja Católica, do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM).
 

Primeira Edição © 2011