14 atrações serão vistoriadas e assento da torre deverá ser inutilizado

Acordo entre o MP e o parque diz que período de interdição pode ser prorrogado; descumprimento gerará multa de R$ 95 mil por dia

05/03/2012 15:07

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Estadão

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O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o parque de diversões Hopi Hari e o Ministério Público de São Paulo prevê foco na perícia de 14 brinquedos considerados mais arriscados. Além disso, o documento diz que a atração La Tour Eiffel só deve voltar a funcionar quando o assento defeituoso esteja impossibilitado de ser usado.

O parque de diversões em Vinhedo foi palco de um acidente fatal em 24 de fevereiro. Uma menina de 14 anos caiu da torre a cerca de 25 metros de altura. Ela estava sentada em um assento que estava desativado há cerca de 10 anos.

Os manuais e dados oficiais dos brinquedos periciados, a autorização de funcionamento, os dados sobre manutenções e checagens dos últimos seis meses, além do registro de acidentes e ocorrências com usuários ou operadores deverão ser apresentados pela direção do parque dentro de sete dias.

Sobre o assento que Gabriela Nachimura usava quando ocorreu o acidente que a matou, a promotoria solicitou que ele deverá ter um aviso claro sobre a impossibilidade de uso, além de estar totalmente interditado.

Durante as perícias, os operadores do parque terão de estar no local para esclarecer eventuais dúvidas sobre o funcionamento. Agentes do MP, Instituto de Criminalística (IC), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Corpo de Bombeiros e Delegacia Regional do Trabalho participarão dos trabalhos.

Parque fechado

O TAC ainda reafirma o período de 10 dias de interdição do Hopi Hari, que poderá ser prorrogado. O Ministério Público ainda pede a indenização dos clientes que comprovarem ter comprado ingresso para o parque durante o período que estiver fechado.

Caso alguma das cláusulas do acordo seja descumprida, o parque deverá pagar multa de R$ 95 mil por dia.

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